O compromisso entre Brasil e Paraguai estabelece a criação do Comitê Binacional de Saúde na Fronteira. Foto: Fernando Calistro / Governo do Paraguai.
O compromisso entre Brasil e Paraguai estabelece a criação do Comitê Binacional de Saúde na Fronteira. Foto: Fernando Calistro / Governo do Paraguai.

Brasil e Paraguai assinam acordo para reduzir os riscos à saúde na fronteira, durante e após a pandemia da Covid-19

Ministério da Saúde também anunciou marco de 300 milhões de vacinas aplicadas e queda de 91,7% da média móvel de óbitos pela doença

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Os ministros da Saúde do Brasil, Marcelo Queiroga, e do Paraguai, Julio Vargas, assinaram um acordo de fortalecimento na atenção e vigilância à saúde em regiões de fronteira. Um dos principais objetivos é a definição de diretrizes e orientações em comum para realizar ações que minimizem os riscos à saúde, durante e pós-pandemia da Covid-19, em ambos os países. O acordo foi assinado nesta sexta-feira (19), durante a 49ª Reunião de Ministros da Saúde do Mercosul, em Foz do Iguaçu (PR). A iniciativa faz parte das estratégias de celebração aos 30 anos do Mercosul. 

O compromisso estabelece a criação do Comitê Binacional de Saúde na Fronteira, entidade que terá a participação de autoridades sanitárias de ambos os países para trabalhar em conjunto na aplicação de orientações e medidas sanitárias em cidades-gêmeas, ou seja, municípios que são vizinhos, mas pertencem a países diferentes. 

O ministro brasileiro disse que a pasta dá mais um passo em direção a uma agenda comum entre os dois países vizinhos. “E com isso, estarmos mais seguros, não só para pôr fim à pandemia da Covid-19, mas para enfrentar outras emergências sanitárias que possam espreitar os nossos países. Assim, eu agradeço muito aos ministros que compõem o Mercosul Saúde”, afirmou.

Durante a celebração do acordo foram realizadas ações durante o dia, como a vacinação de moradores e estrangeiros com vacinas tríplice viral, Febre Amarela, Influenza (H1N1) e Covid-19. Além disso, a população local também pode fazer testes rápidos para o novo coronavírus de forma gratuita. 

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Marco na vacinação contra a Covid-19

Nesta sexta-feira (19), o Ministério da Saúde também anunciou que o Brasil chegou ao número de mais de 300 milhões de doses de vacina aplicadas. Outro dado importante é a queda da média móvel de óbitos em 91,7%, desde o pico da pandemia, registrado em abril.

Durante a reunião do Mercosul, a ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, que é médica infectologista e fundadora da Sociedade Argentina de Vacinação e Epidemiologia (SAVE), elogiou o trabalho do Brasil no combate à Covid-19, apesar dos números que a doença fez por aqui. “É um símbolo muito importante de esforço, e é um esforço enorme quando um país decide, por meio do Ministério da Saúde e junto com todos os governos - nacional, estaduais e municipais - dar uma resposta à pandemia”, destacou a ministra argentina. 

A Argentina passou 18 meses de fronteiras fechadas e, há cerca de um mês, escolheu o Brasil e o Chile para um “projeto-piloto” de reabertura - ambos são países que fazem fronteira.

Participaram também os ministros da Saúde do Uruguai, Daniel Salinas; da Argentina, Carla Vizzotti; e da Bolívia, Marcos Auza. Além disso, esteve presente Socorro Grossa, que é a representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil. 

Dados da Covid-19 

O Brasil registrou mais 13.355 casos e 226  óbitos por Covid-19, de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, mais de 22.003.317 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus. 

O Rio de Janeiro ainda é o estado com a maior taxa de letalidade entre as 27 unidades da federação: 5,15%. O índice médio de letalidade do País está em 2,8%. 

Taxa de letalidade nos estados

  • RJ    5,15%
  • SP    3,46%
  • AM    3,22%
  • PE    3,16%
  • MA    2,83%
  • PA    2,79%
  • GO    2,65%
  • AL    2,62%
  • PR    2,59%
  • CE    2,59%
  • MS    2,56%
  • MG    2,54%
  • MT    2,52%
  • RO    2,43%
  • RS    2,42%
  • PI    2,18%
  • BA    2,17%
  • SE    2,17%
  • ES    2,13%
  • PB    2,12%
  • DF    2,10%
  • AC    2,10%
  • RN    1,98%
  • TO    1,70%
  • SC    1,62%
  • AP    1,61%
  • RR    1,60%

Os números têm como base o repasse de dados das Secretarias Estaduais de Saúde ao órgão. Acesse as informações sobre a Covid-19 no seu estado e município no portal brasil61.com/painelcovid.  

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