LOC.: O SENAI e a Federação Alemã de Associações de Pesquisa Industrial assinaram um acordo de financiamento no valor de R$ 21 milhões. As instituições vão selecionar até dez projetos envolvendo pequenas e médias empresas, startups e organizações de pesquisa e tecnologia nos dois países. A ideia é promover o desenvolvimento de tecnologias para produção de hidrogênio verde.
O convênio foi assinado no último dia 13 de março, durante o Encontro Econômico Brasil-Alemanha, em Belo Horizonte (MG). O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, esteve presente e reforçou a importância da pauta ambiental para o governo.
TEC./SONORA: Geraldo Alckmin, vice-presidente da República
“O governo brasileiro tem total compromisso com a sustentabilidade, não permitir desmatamento, não permitir grilagem de terra na Amazônia, garimpo ilegal. Então é compromisso do presidente Lula e do governo em combater as mudanças climáticas, fortalecer a agenda do clima.”
LOC.: A primeira fase da chamada bilateral será aberta em abril deste ano para empresas brasileiras e da rede de Institutos SENAI de Inovação.
O diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI, Jefferson Gomes, revelou que a ideia é unir o conhecimento dos institutos com a inovação inerente aos empreendedores para a geração de energia limpa a partir do hidrogênio verde.
TEC./SONORA: Jefferson Gomes, diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI
“A questão básica é como que a gente faz pesquisa, mas como é que a gente consegue colocar empresas nesse jogo. E é isso que é o objetivo, por isso essa chamada, por isso dentro de uma chamada de um encontro econômico”.
LOC.: A regulamentação do setor já está em tratativa. Para o deputado Arnaldo Jardim, do Cidadania de São Paulo, presidente da Frente Parlamentar pelo Brasil Competitivo, já não era sem hora.
TEC./SONORA: Arnaldo Jardim (Cidadania-SP)
“Nós temos uma série de investimentos que, pontualmente, algumas empresas já estão desenvolvendo nesse sentido, mas há a necessidade de um marco regulatório para ter uma segurança jurídica. Portanto, fazer uma regulação clara, precisa, para o setor para aproveitar o nosso potencial e todas as suas vertentes se faz realmente, muito urgente”
LOC.: O combustível é fundamental para o processo de descarbonização no setor industrial e para o cumprimento das metas do Acordo de Paris. Diante disso, segundo um estudo feito por uma consultoria alemã, o Brasil pode faturar R$ 150 bilhões por ano no mercado de hidrogênio verde e se tornar líder de um mercado mundial estimado em mais de US$ 1 trilhão em venda direta da molécula ou derivados.
Reportagem, Álvaro Couto.