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Data de publicação: 11 de Setembro de 2020, 04:00h, atualizado em 10 de Setembro de 2020, 20:32h
LOC.: O Rio Grande do Sul tem uma das principais receitas do país no setor de agronegócios. O estado encerrou 2019 com o sexto maior Valor Bruto de Produção Agropecuária, com um valor superior a R$ 58 milhões. A produção gaúcha pode ter, em breve, um novo estímulo para a continuidade de geração de lucro. Tramita no Congresso Nacional o projeto de Lei 149/2019, que institui a Política Nacional de Incentivo à Agricultura de Precisão.
O modo de produção consiste em um sistema de gerenciamento da produção agrícola que utiliza a tecnologia para gerar informações precisas para a tomada das melhores decisões e a otimização dos processos produtivos, com reflexos diretos na produtividade e nos custos de produção. Com o fomento ao desenvolvimento tecnológico trazido pela agricultura de precisão, há incrementos em toda a cadeia produtiva, o que, consequentemente, amplia as margens de renda e qualidade de vida de produtores.
O coordenador Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Agricultura de Precisão da Universidade Federal de Santa Maria, Lúcio Amaral, explica que uma das vantagens da agricultura de precisão é o uso imagens que mostram o comportamento das culturas.
TEC./SONORA: Lúcio Amaral, coordenador Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Agricultura de Precisão da Universidade Federal de Santa Maria.
“Quando se fala em tecnologias aplicadas à Agricultura de Precisão, temos diversas plataformas digitais. Essas plataformas oferecem imagens de satélite e o agricultor tem imagens que vão mostrando a ele o comportamento da sua lavoura. As plataformas também integram essas imagens com algum serviço ofertado pelas empresas que as desenvolveram. Pode ter, por exemplo, uma ferramenta para gerir máquinas.”
LOC.: A implantação da Política Nacional de Incentivo à Agricultura de Precisão tem por objetivo elevar a eficiência na aplicação de recursos e insumos de forma a diminuir o desperdício, aumentar a produtividade, a lucratividade e a garantir a sustentabilidade ambiental.
A proposta estabelece como diretrizes o apoio à inovação agronômica, contemplando todas as escalas de produção e seus impactos socioeconômicos e ambientais; o desenvolvimento tecnológico e a difusão entre pequenos e médios produtores; a ampliação de rede de pesquisa, desenvolvimento e inovação do setor agrícola; a adequação da ação governamental às peculiaridades e diversidades regionais; e a articulação e colaboração entre os entes públicos federais, estaduais e municipais e o setor privado.
Na avaliação do senador Lasier Martins, do Podemos do Rio Grande do Sul, a agricultura de precisão tem influência direta nos números agropecuários apresentados pelo estado gaúcho no ano passado. Para Martins, essa é uma das maneiras de otimizar espaço para produção.
TEC./SONORA: Lasier Martins, senador.
“A agricultura de precisão revolucionou as tradições e costumes e influenciou decisivamente nessa produtividade maravilhosa que estamos tendo. Nós precisamos ocupar melhor os espaços. O Brasil tem espaços para produzir alimentos como poucos países. Temos condição de melhorar sem derrubar florestas."
LOC.: Além da otimização da produtividade, a agricultura de precisão também apresenta vantagem do ponto de vista sustentável ao reduzir o uso desnecessário de insumos. A matéria aguarda apreciação pelo Senado Federal.