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O município de Igarassu, que faz parte da Região Metropolitana do Recife, é o quinto melhor do País para se investir no setor industrial. O resultado está presente na pesquisa “Melhores Cidades para Fazer Negócios 2.0”, da Urban Systems, publicada em dezembro do ano passado.
O estudo analisou dados e indicadores de 326 municípios brasileiros, todos com mais de 100 mil habitantes, o que torna a posição no ranking algo a se comemorar. Gerente de Relações Industriais da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), Maurício Laranjeira, destaca que o resultado é “muito interessante” e pode atrair investimentos para as cidades que se assemelham a Igarassu.
“O município de Igarassu tem vários atrativos para o setor industrial. Outros municípios que têm características parecidas podem se utilizar da mesma metodologia, da mesma técnica e estrutura para atrair novos investimentos”, acredita.
Laranjeira destaca alguns fatores que fazem do município um bom local para negócios no setor industrial. Entre eles, a existência de condomínios industriais, facilidade para escoar a produção por rodovias, proximidade do Aeroporto Internacional do Recife e do Porto de Suape e abundância de água, fundamental para a produção industrial. “Logisticamente, é um município bem interessante e que tem área e recursos hídricos importantes para a indústria pernambucana e quem deseja se instalar aqui”, diz.
O estudo das 100 Melhores Cidades para Fazer Negócios é publicado pela Urban Systems anualmente, desde 2014. Até 2019, a metodologia para elaboração do ranking teve poucas alterações. A pesquisa apresentava uma lista única das melhores cidades para se investir, considerando quatro eixos: desenvolvimento econômico e social, capital humano e infraestrutura.
No entanto, com o impacto do novo coronavírus e a intenção de manter o estudo atual e renovado, a publicação de 2020 está de cara nova e aposta em um olhar mais segmentado das melhores cidades para negócios, levando em conta os resultados para seis setores da economia: indústria, comércio, serviços, educação, mercado imobiliário e agropecuária.
Diretor de marketing da Urban Systems e responsável pelo estudo, Willian Rigon, diz que o estudo vai ajudar os investidores, empresários e a iniciativa privada, em geral, na tomada de decisões sobre quais especialidades de cada município podem ser melhor exploradas. “O estudo é importante nesse momento de pandemia, em que é necessário que se mantenham os investimentos, mas [aportes] assertivos, que possam ter sustentabilidade econômica. O objetivo dele no período pré, durante e pós-pandemia é direcionar em relação aos novos negócios, empresas e empreendedores”, afirma.
Segundo Rigon, apesar de cada município ter as suas peculiaridades, há pontos em comum às melhores cidades para fazer negócios, que podem ser observados. “É importante ter um ambiente favorável, ter mão de obra qualificada e uma gestão pública eficiente. Se a gente pudesse apontar três pontos específicos, são essas as características comuns às cidades melhores posicionadas”, cita.
Para chegar ao ranking, o estudo utiliza oito indicadores como base para todos os municípios. Eles estão atrelados ao impacto do novo coronavírus na saúde da população e na economia, além do desempenho econômico das cidades em aspectos como empregabilidade. Além disso, para cada setor, como o de serviços, por exemplo, são utilizados indicadores específicos para atribuir pontuação a cada cidade.
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