Data de publicação: 18 de Agosto de 2020, 09:46h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:29h
O Ministério da Educação (MEC) vai fornecer acesso à internet a cerca de 900 mil estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica do Ensino Superior e da Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Essa foi a solução encontrada para garantir conectividade aos alunos que não tenham renda para contratar serviços de banda larga, cada vez mais necessários para o aprendizado remoto, em virtude do isolamento social por causa da pandemia da Covid-19.
Nos primeiros seis meses, a iniciativa prevê beneficiar, ao menos, 400 mil estudantes, cuja renda familiar mensal seja de até meio salário mínimo, ou seja, R$ 522,50. O governo deve investir cerca de R$ 24 milhões para dar conectividade a estudantes de 797 municípios brasileiros.
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O serviço vai ser prestado por empresas selecionadas em licitação, e em duas modalidades. Na primeira, a empresa contratada vai fornecer um bônus para os alunos que já tem chip. Para os que não têm, as companhias vão dar os chips. A expectativa da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) é de que cada aluno precise, em média, de 20GB para acessar os conteúdos educacionais e participar das aulas ao vivo virtualmente.
Para os alunos que vivem na zona rural, especialmente onde não há sinal das operadoras, a alternativa encontrada pelo MEC é a internet via satélite. O governo afirma que não quer deixar nenhum estudante para trás.