LOC.: Um dos desafios da pandemia tem sido evitar o contágio pelo vírus no transporte público. Apesar da obrigatoriedade do uso de máscaras, a aglomeração de ônibus e vagões lotados se torna um cenário propício para transmissão da doença.
Segundo o especialista em Mobilidade Urbana, Carlos Penna, em vários países é feito um rígido controle da quantidade de passageiros, mantendo uma média de um passageiro por metro quadrado.
Enquanto aqui no Brasil os ônibus circulam lotados como de costume, trafegando com uma média de quatro a seis passageiros por metro quadrado.
“As pessoas se encostam, esfregam, pegam os mesmos puxadores, sentam nos mesmos assentos e respiram o mesmo ar contaminado por horas. Mesmo antes da pandemia essa concentração de passageiros já era condenada por ser considerada insalubre.”
LOC.: De acordo com os infectologistas, quanto mais longa a viagem em ambientes cheios e fechados, maior o risco.
O médico e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Julival Ribeiro, acredita que o correto seria que o estado determinasse que apenas pessoas sentadas pudessem utilizar o transporte.
“Mesmo que as pessoas estejam usando máscaras e elas não forem de boa qualidade, não estiverem cobrindo bem a face, ocorre sim a possibilidade de ocorrer a transmissão dentro do ônibus do coronavírus e essa pessoa ser infectada.”
LOC.: Para tentar reduzir a aglomeração de passageiros nos ônibus, a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (RN) anunciou que vai aumentar em 30% o número de viagens realizadas horários de pico. Já em Araraquara (SP) foi determinada a higienização de hora em hora dos coletivos.
No município de Itajaí (SC), foi definida a capacidade de 50% de passageiros sentados.
Reportagem, Rafaela Gonçalves
NOTA
LOC.: Um dos desafios da pandemia tem sido evitar o contágio pelo vírus no transporte público. Apesar da obrigatoriedade do uso de máscaras, a aglomeração de ônibus e vagões lotados se torna um cenário propício para transmissão da doença. Segundo os infectologistas, quanto mais longa a viagem, em ambientes cheios e fechados, maior o risco.
Para tentar reduzir a aglomeração de passageiros alguns municípios decidiram tomar algumas medidas. A Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal anunciou que vai aumentar em 30% o número de viagens realizadas por 15 linhas nos horários de pico.
Também na tentativa de frear a circulação do vírus, em Araraquara (SP) foi determinada a higienização de hora em hora dos coletivos. Já no município de Itajaí (SC), foi definida para o transporte coletivo urbano municipal a capacidade de 50% de passageiros sentados em todos os níveis de risco.
Reportagem, Rafaela Gonçalves