Data de publicação: 30 de Outubro de 2020, 00:00h, Atualizado em: 01 de Agosto de 2024, 19:31h
Um trabalho científico realizado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, revelou uma taxa de letalidade da Covid-19 abaixo da constatada há alguns meses. Segundo o estudo, publicado pelo professor de epidemiologia John Ioannidis, em média 0,23% dos pacientes infectados pela doença morrem. Anteriormente, esse percentual era estimado em 4%. Com relação as pessoas com menos de 70 anos de idade, a letalidade cai para 0,05%.
Com a exceção de alguns atividades, como a promoção de festas e eventos sociais, boa parte dos estados e municípios brasileiros já se esforçam para retomar à normalidade que havia antes da pandemia. O epidemiologista Walter Ramalho, professor do curso de Saúde Coletiva na Universidade de Brasília (UnB), acredita que a volta a uma rotina como havia antes da pandemia só poderá ser presenciada com o advento de uma vacina contra o coronavírus.
“Pode-se dizer que a volta dessa normalidade está condicionada ao surgimento de uma vacina eficaz que possa imunizar as pessoas. Eu não vejo outra forma [senão essa] de uma socialização maior das pessoas que não seja com a produção de um imunizante”, explica.
COVID-19: Centros Imunológicos recebem incentivo de R$ 113 milhões
Usuários frequentes do SUS avaliam melhor os serviços de Atenção Primária à Saúde
Segundo o Ministério da Saúde, a taxa de letalidade do novo coronavírus no Brasil é de 2,9%. Até a última terça-feira (27), a mortalidade da doença, era de 75,2 óbitos a cada 100 mil habitantes.
Com o número de mortes se aproximando a 160 mil, Walter Ramalho afirma que o poder público brasileiro falhou ao não somar esforços para aprimorar a rede de atenção primária durante a pandemia. “A atenção primária do SUS deveria ter sido acionada desde o começo da pandemia. Quando alguém é diagnosticado com o coronavírus, esse paciente precisa ser monitorado para que o contágio a outras pessoas seja evitado.”
Diante da segunda onda de contaminação da Covid-19 que atinge alguns países da Europa e da incerteza do surgimento de uma vacina contra a enfermidade, eventos tradicionais, como o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro estão sem data definida para ocorrer. A previsão mais otimista de finalização e distribuição do imunizante é feita pelo governo de São Paulo, que estima que a vacina estará disponível em dezembro.