Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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Em 11 meses, repasses do crédito rural crescem 33%

Entre junho de 2019 e maio deste ano, montante alcançou cerca de R$ 207 bilhões

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O desempenho do crédito rural nos 11 primeiros meses da atual safra agrícola (2019/2020), que vai do mês julho de 2019 a maio deste ano, cresceu 33% e fechou o último mês totalizando R$ 207,56 bilhões. Os repasses do benefício no mesmo período de 2019 foram de R$ 158,7 bilhões.

Os dados fazem parte do Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2019/2020, divulgados nesta semana pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para o secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio, “o desempenho favorável das aplicações do crédito rural reflete a confiança do produtor em sua atividade, apesar da ocorrência da Covid-19.”

Segundo o governo federal, essa modalidade de empréstimo consiste na destinação de recursos para contratação de operações de crédito aos produtores rurais e agricultores familiares para custeio da safra, investimentos em suas propriedades ou apoio à comercialização de seus produtos ou industrialização.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirma que, diante da pandemia do novo coronavírus, o governo federal está priorizando o apoio aos pequenos produtores rurais, que são os mais afetados pela crise. “Estamos apreensivos quanto ao impacto desta crise nas populações mais vulneráveis, por isso nossas ações priorizaram os pequenos agricultores, agricultores familiares e as comunidades tradicionais”, disse a titular da pasta.

De acordo com o ministério, do total de repasses referentes ao crédito rural nesta safra, o maior montante se refere ao financiamento com as operações de custeio (R$ 97,23 bilhões), que apresentou alta de 11% em relação à safra anterior. Os investimentos somam R$ 45,98 bilhões (+18%) e industrialização R$ 10,24 bilhões (+63%). O crédito de comercialização teve redução de 11%, e ficou em R$ 20,92 bilhões.

Compensação

Antônio Sampaio, presidente da Sociedade Rural do Paraná, afirma que a ampliação de empréstimos é bem-vinda, mas ressalta que o governo precisa dar mais subsídios ao produtores rurais para o custeio de seguros agrícolas. Nesta modalidade de compensação, os agricultores são ressarcidos quando plantações são afetadas por fatores climáticos. “Sem seguro nós vamos caminhar de um desastre para o outro, porque a frustração climática vai acontecer sempre e isso é uma característica do serviço”, diz Sampaio. 
 

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