Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Confiança do empresário da indústria do DF cresce pelo quarto mês consecutivo

Índice medido pelo Sistema Fibra cresceu 0,6 ponto entre setembro e outubro e alcançou 58,3 pontos

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Pelo quarto mês consecutivo, o índice de confiança do empresário da indústria do Distrito Federal apresentou crescimento. Medido pela Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra), o índice atingiu 58,3 pontos em outubro, o mais próximo do nível observado antes da pandemia de Covid-19, que foi de 62,6 pontos. Entre setembro e o décimo mês do ano, o índice teve aumento de 0,6 ponto. 

Segundo o Sistema Fibra, o aumento da confiança na capital brasileira foi puxado pelas expectativas otimistas para o próximo semestre especialmente em relação à economia distrital e às condições correntes dos negócios futuros. O indicador volta a subir a passos lentos, embora a situação econômica atual ainda seja negativa na comparação com os últimos meses.

A empresária Priscilla Macedo é dona de três unidades de um centro de estética no Distrito Federal. A empresa vinha crescendo até o início da pandemia e a necessidade de distanciamento social, o que implicou em demissões e queda no faturamento. Aos poucos e com ajuda de uma linha de crédito, Priscila comemora o retorno às atividades.

“Demitimos algumas pessoas. Nos meses em que ficamos parados, nosso faturamento caiu muito. Fizemos vendas on-line, mas não chegou nem à metade do que faturávamos quando abertos, porque não podíamos entregar os serviços. Afetou bastante nosso caixa e nossa equipe. Nós recontratamos todo mundo. Além das recontratações, empregamos mais dez pessoas. Expandimos o número de vagas nas clínicas que a gente já tinha e abrimos uma terceira unidade. Hoje temos 31 funcionários”, conta a empresária. 

Para o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, o crescimento da confiança do empresário da indústria do DF terá impacto positivo na economia distrital. “Essa confiança aumenta à medida em que há sinais de retomada no cenário econômico. Essa confiança gera consumo, negócios. Nós esperamos que isso gere emprego e renda, tudo para que a retomada venha de forma célere e consistente”, destaca. 

Bittar é otimista em relação ao cenário econômico do Distrito Federal nos próximos meses, mas faz uma ressalva das variáveis que podem afetar a retomada do crescimento das atividades. “Vai depender muito das políticas públicas, da retomada da atividade econômica, a realização efetiva de negócios, acesso ao crédito. Não acredito que antes do final do primeiro semestre do ano que vem nós tenhamos alguma coisa que esteja nivelada com o pré-pandemia. Os fatores são incertos, variados, mas o importante é que há otimismo. Há números suficientes para ajudar em uma boa expectativa”, diz. 

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Negócios criados

Dados do Mapa das Empresas, do Ministério da Economia, revelam que, mesmo durante a pandemia, 22.136 novas empresas foram criadas no Distrito Federal. Os números compreendem o período entre maio e agosto de 2020 e representam 11,3% a mais do que o observado nos quatro primeiros meses do ano.

Por outro lado, o levantamento também aponta que o DF foi o local que apresentou o maior percentual de empresas que encerraram as atividades no segundo quadrimestre deste ano. Em comparação com o primeiro quadrimestre de 2020, houve variação positiva de 0,4%, o que representa um total de 7 mil empresas.

O saldo para os oito primeiros meses deste ano, portanto, é positivo. Enquanto sete mil negócios encerraram as atividades, mais de 22 mil entraram no mercado.

Ainda segundo o documento do Ministério da Economia, o DF é o segundo ente federado mais rápido para se registrar um negócio. O trâmite do processo tem, em média, 11 horas e fica atrás apenas do estado de Goiás, onde o tempo é de 10 horas. 

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