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Com o mercado de trabalho em constante transformação digital, a capacitação de trabalhadores que atendam às exigências da indústria se torna cada vez mais essencial. Com vista no aperfeiçoamento de jovens que estão no início da caminhada profissional, o SENAI e o Ministério da Economia lançaram o programa Aprendizagem 4.0. A iniciativa visa ofertar conhecimento em um formato mais digital e ágil, reunindo competências técnicas e socioemocionais requeridas pela indústria 4.0.
O programa piloto vai abranger duas áreas tecnológicas: Metalmecânica e Tecnologia da Informação. A iniciativa é voltada para jovens de 14 a 24 anos e vai combinar as modalidades de ensino a distância (EaD) e presencial. O programa de aprendizagem não tem custo para o jovem aprendiz. Para a empresa, o único custo é o salário do aprendiz, já que o SENAI apoia no processo de seleção e cuida da formação.
“Estamos vivendo a quarta revolução industrial, que traz novas competências e o redesenho das funcionalidades a que os trabalhadores da indústria do futuro vão ter que possuir”, explica o diretor geral do SENAI, Rafael Lucchesi. “No curso de aprendiz, vamos estar formando as pessoas nesse contexto. Isso é a incorporação dos principais fatores da indústria 4.0, como a internet das coisas, dominar o Big Data, dominar a inteligência artificial, toda a parte de segurança da internet e indústria aditiva. Esses são os principais fatores que vão redesenhar a indústria do futuro.”
No curso de Metalmecânica serão ensinadas as principais inovações tecnológicas dos processos de manufatura avançada, o que pode abrir caminho para a realização do curso para técnico em Mecânica.
Já no curso da área de Tecnologia da Informação, o foco é no ensino de programação, codificação e teste de sistemas com uso de inteligência artificial, desenvolvimento de competências de integração, automação e conectividade. Como possível caminho após o ensino do SENAI, o aprendiz pode se tornar técnico em Internet das Coisas (IoT), por exemplo.
“É uma nova abordagem da aprendizagem. O mundo 4.0 requer empresas com integração, automação de processos. O programa tradicional de aprendizagem não comporta isso. É super comum você conversar com as empresas e falarem que só contratam a pessoa pelo o que ela sabe fazer, mas demitem pela falta de habilidade dele no dia-a-dia do trabalho. Isso é a carência socioemocional”, avalia o secretário de Políticas Públicas para o Emprego do Ministério da Economia, Fernando de Holanda.
“Adicionalmente, temos que focar em competências específicas. O empregador hoje em dia, pergunta diretamente qual é a competência específica que a pessoa sabe fazer. O que esse programa em conjunto tenta fazer é dar as competências”, completa o secretário.
SENAI e Ministério da Economia acreditam que o programa Aprendizagem 4.0 terá papel fundamental para jovens e adolescentes conseguirem o primeiro emprego. O inovador do programa é o foco na demanda e o fornecimento das competências necessárias para que os jovens venham a ser bem-sucedidos no mercado.
Jovens de 14 a 24 anos podem realizar o cadastro na plataforma de empregos do SENAI. A próxima etapa é uma entrevista online para falar sobre si mesmo: gostos e aptidões; sonhos e expectativas; o que pensa sobre sociedade e cidadania; o que faz como lazer e saúde; como são as relações de amizade e de família.
As informações serão utilizadas para identificar características socioecomionais de candidatos às vagas oferecidas por empresários que pretendem contratar aprendizes neste novo formato oferecido pelo SENAI.
Para as empresas, o SENAI recomenda entrar em contato com a unidade da instituição mais próxima para saber como participar do Programa Aprendizagem 4.0.
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