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A vacinação contra a Covid-19 chegou para as comunidades quilombolas da microrregião do Litoral Maranhense. A região é formada pelos municípios de Alcântara, Cururupu, Central do Maranhão, Mirinzal, Cedral, Guimarães, Serrano do Maranhão, Bequimão, Bacurituba, Bacuri, Cajapió, Porto Rico do Maranhão e Apicum-Açu. Ao todo, cerca de 35.146 habitantes quilombolas vivem nessa região, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o Ministério da Saúde, 29.170 quilombolas tomaram primeira dose da vacina contra o coronavírus, o que representa aproximadamente 83% da população.
Número de quilombolas que tomaram a vacina contra a Covid-19 na região do litoral maranhense, segundo o Ministério da Saúde:
Município | 1ª Dose | 2ª Dose |
---|---|---|
Cururupu | 1077 | 27 |
Central do Maranhão | 712 | 2 |
Alcântara | 13.375 | 7.315 |
Mirinzal | 3.152 | 1255 |
Cedral | 1571 | 441 |
Guimarães | 1957 | 18 |
Serrano do Maranhão | 2612 | 141 |
Bequimão | 1637 | 48 |
Bacurituba | 927 | 364 |
Bacuri | 746 | 294 |
Cajapió | 770 | 83 |
Porto Rico do Maranhão | 520 | 0 |
Apicum-Açu | 114 | 0 |
*Dados do dia 24/06/2021
A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, explica a importância da vacina nos grupos prioritários. “As comunidades quilombolas são populações que vivem em situação de vulnerabilidade social. Elas têm um modo de vida coletivo, os territórios habitacionais podem ser de difícil acesso e muitas vezes existe a necessidade de percorrer longas distâncias para acessar os cuidados de saúde. Com isso, essa população se torna mais vulnerável à doença, podendo evoluir para complicações e óbito.”
O município de Alcântara, localizado na região metropolitana da capital maranhense, já vacinou 91% da população quilombola com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Segundo o IBGE, 70% dos habitantes de Alcântara são quilombolas, que estão nesta região desde o fim do período da escravidão. O município abrange o maior número de pessoas autodeclaradas quilombolas da microrregião do Litoral Maranhense. A cidade histórica, onde vivem 14.694 quilombolas divididos em 214 territórios remanescentes de quilombo, iniciou uma força-tarefa com agentes de saúde para imunização em massa dessas comunidades. De acordo com o vacinômetro do Ministério da Saúde, até o dia 24 de junho, 20.690 doses da vacina foram aplicadas no município.
A imunização desse grupo, que faz parte das prioridades da segunda fase do Programa Nacional de Imunização, começou no dia 29 de março. Um dos vacinados foi o enfermeiro e líder comunitário Sérvulo de Jesus Moraes Borges, de 58 anos. Ele destaca que a vacinação dos povos tradicionais dos quilombos é importante porque eles estão mais vulneráveis à infecção e não têm acesso imediato aos serviços de saúde. “Apesar de termos Sistema Único de Saúde (SUS), o SUS não chega com eficiência em todos os lugares. Por isso, é tão importante que nós, quilombolas, indígenas, ciganos, ribeirinhos e outros grupos tradicionais existentes no Brasil sejam vacinados”, completou.
Entre os quilombolas, Alcântara registrou 207 casos de contaminados pela Covid-19 e 17 óbitos desde o início da pandemia. A secretária de Saúde de Alcântara, Sormanne Branco, disse que o município conseguiu zerar o número de mortes e internações em decorrência do novo coronavírus após o início da campanha de vacinação. “Todos os dias recebo o relatório de atendimento. Ontem (o número) foi zero. Então, a gente percebe que a vacina e o trabalho de prevenção e conscientização dos órgãos de saúde realmente foram eficazes”, disse.
A vacina é uma das principais formas de combater o novo coronavírus. Francieli Fantinato afirma que todas as vacinas que estão incorporadas no Programa Nacional de Vacinação (PNI) são seguras. Além disso, ela explica que é comum os vacinados apresentarem eventos adversos após a vacinação. “Na maioria das pessoas esses eventos são leves. Os eventos mais comuns observados, em relação à vacina contra a Covid-19, são dor de cabeça, dor no local da aplicação, febre, náuseas, dores no corpo, tosse e até mesmo diarreia. Em caso de eventos adversos pós vacinação orienta-se que os indivíduos procurem a unidade de saúde para ser acompanhados pelo serviço”, explica a coordenadora.
Membros quilombolas que ainda não se vacinaram devem procurar as unidades básica de saúde do seu município. O líder quilombola Sérvulo de Jesus Morais lembra que uma pessoa não vacinada pode colocar em risco a saúde de toda a comunidade. Ele faz um apelo para que todos os quilombolas se vacinem: “Vacinação é um direito constitucional. O estado brasileiro tem que cuidar dos teus cidadãos. Então, eu convoco aqui a todos os irmãos, a todos os companheiros que aproveitem esse momento. Quem tiver a oportunidade, chegou na sua comunidade. Por favor, vá, faça a vacina e não relaxe. Mantenha os protocolos porque esse vírus, ele mata. Isso não é brincadeira.”
Após a vacinação, continue seguindo os protocolos de segurança: use máscara de pano, lave as mãos com frequência com água e sabão ou álcool 70%; mantenha os ambientes limpos e ventiladores e evite aglomerações. Se você sentir febre, cansaço, dor de cabeça ou perda de olfato e paladar procure atendimento médico. A recomendação do Ministério da Saúde é que a procura por ajuda médica deve ser feita imediatamente ao apresentar os sintomas, mesmo que de forma leve.
De acordo com o Ministério da Saúde, 3.885.350 doses da vacina contra a Covid-19 foram enviadas para o Maranhão. Desse número, 2.705.749 já foram aplicadas na população. Mais de 129 mil doses foram aplicadas na população quilombola, sendo 105.687 como primeira dose e 23.960 como dose reforço do imunizante. Fique atento ao calendário de imunização do seu município. Para saber mais sobre a campanha de vacinação em todo o país, acesse gov.br/saude.
Quilombolas que vivem em comunidades quilombolas, que ainda não tomaram a vacina, devem procurar a unidade básica de saúde do seu município. Para mais informações, basta acessar os canais online disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Acesse o portal saude.gov.br/coronavirus ou baixe o aplicativo Coronavírus – SUS. Pelo site ou app, é possível falar com um profissional de saúde e tirar todas as dúvidas sobre a pandemia.
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