LOC.: De janeiro a agosto de 2023, o estado de São Paulo realizou 5.875 transplantes de órgãos, o que representa um aumento de 9,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O assistente da Coordenação da Central de Transplantes do Estado de São Paulo, Marcelo Alexandre do Nascimento, informa que os órgãos mais demandados na região são córneas, rins e fígado.
TEC./SONORA: Marcelo Alexandre do Nascimento, assistente da Coordenação da Central de Transplantes do Estado de São Paulo
“Os transplantes de córnea lideram a lista desses procedimentos, com 3.956 no total; seguidos pelos rins com 1.281. Já o fígado, foram os que apresentaram maior crescimento no período, aumentando 30,4% em 2023, com 90 procedimentos.”
LOC.: O estado também registrou um aumento de 8% no número de transplantes de coração. Além disso, o número de doadores de órgãos cresceu, chegando a níveis semelhantes aos registrados nos anos anteriores ao início da pandemia de Covid-19. No entanto, mesmo com esse crescimento, Nascimento destaca que é sempre importante falar sobre a doação.
O médico nefrologista e coordenador do Programa de Transplantes do Hospital Santa Lúcia, Elber Rocha, explica que no Brasil, existem duas possibilidades de doação de órgãos. A primeira é a doação entre vivos, ou seja, entre familiares de até terceiro grau e cônjuges; mas também é possível fazer a doação entre pessoas vivas com autorização judicial.
TEC./SONORA: Elber Rocha, médico nefrologista e coordenador do Programa de Transplantes do Hospital Santa Lúcia
“E a gente tem outra situação, que é o doador falecido. É quando a gente tem como doador, um paciente que evolui com critérios diagnósticos de morte encefálica. Dessa forma, tem a possibilidade da gente utilizar esses órgãos para outros pacientes.”
LOC.: De acordo com ele, no caso de doadores falecidos, a legislação define que a família do doador precisa entrar em concordância para que a doação dos órgãos seja realizada.
Rocha ainda explica que o Sistema Nacional de Transplante é responsável pela regulamentação da lista de transplantes, levando em consideração critérios como gravidade e complexidade da doença, tempo na lista de espera e compatibilidade.
Reportagem, Nathália Guimarães