Data de publicação: 15 de Outubro de 2021, 19:05h, atualizado em 17 de Outubro de 2021, 18:11h
LOC.: Mais de 115 mil brasileiros contraíram sífilis durante o ano de 2020. Desses, cerca de 61 mil eram gestantes e 22 mil eram crianças que foram contagiadas na modalidade congênita, ou seja, através da gestação. Os dados são do boletim divulgado pelo Ministério da Saúde para a campanha do Dia Nacional de Combate à Sífilis, comemorado neste sábado, dezesseis de outubro.
O secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, diz que, apesar dos números ainda serem altos, os casos de sífilis apresentaram queda nos últimos anos após ter atingido a maior alta da década em 2018. Ele relembra, ainda, a importância de se fazer um diagnóstico correto e a tempo da doença.
TEC./SONORA: Arnaldo Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde
“Ela [a doença] teve um pico em 2018. Já em 2019 teve uma queda significativa. O que reflete cada vez mais o cuidado da atenção primária, o diagnóstico com tempo correto, de modo que a gente tenha uma segurança cada vez melhor de que o SUS pode dar uma resposta significativa para essa doença.”
LOC.: As regiões Sul e Sudeste são as que registraram maior incidência da doença. Já as faixas etárias com maior número de infecções foram as de 20 a 29 anos.
Segundo a infectologista do polo de prevenção às ISTs da Universidade de Brasília, Valéria Paes, um dos grandes perigos da sífilis é que a infecção pode ser assintomática.
TEC./SONORA: Valéria Paes, infectologista do polo de prevenção às ISTs da Universidade de Brasília
“A pessoa pode ter e não apresentar nenhum tipo de sintoma. Então, muitas vezes, a doença se propaga dessa forma. Às vezes, um jovem vai ter uma relação sexual com uma pessoa, não tem a percepção porque a pessoa não tem nenhum tipo de sintoma, nem nenhum tipo de lesão, e essa pessoa pode, mesmo assim, estar apresentando a sífilis e, dessa forma, a doença se propaga.”
LOC.: A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível curável e que pode ser prevenida com o uso da camisinha durante as relações sexuais. A bactéria pode causar lesões nas genitais e, se não for tratada, pode evoluir para uma infecção do sistema nervoso central, ou causar problemas cardíacos e outros quadros mais graves.
Reportagem, Poliana Fontenele