LOC.: Está estimado em 5,6% o reajuste dos preços dos medicamentos, que ocorre anualmente. Esse aumento é calculado e divulgado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, órgão ligado à Anvisa. O reajuste está alinhado à inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo.
A advogada e especialista em Direito do Consumidor, Renata Abalém, explica que a CMED regula todo o mercado de medicamentos, inclusive as variações de preço. Ela explica que a CMED entende que esse reajuste deve ser feito todos os anos, no final de março.
TEC./SONORA: Renata Abalém - advogada e especialista em Direito do Consumidor
“Então no final do mês de março, evidentemente que antes, eles soltam o percentual de reajuste, mas ele é feito anualmente para que todas as farmácias, todas as distribuidoras, possam fazer as suas respectivas projeções e nós possamos comprar no Brasil um medicamento que tenha mais ou menos um preço linear.”
LOC.: De acordo com Resolução da CMED o ajuste de preços de medicamentos tem por base um modelo de teto de preços calculado por meio de um índice de preços, um fator de produtividade, uma parcela de fator de ajuste de preços relativos entre setores e uma parcela de fator de ajuste de preços relativos intrassetor.
A especialista afirma que “o reajuste deste ano deve ficar em torno de 5,6%. Segundo explica, esse percentual de aumento leva em consideração algumas variáveis como o IPCA, que mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços _ "e é calculado de março de 2022 até final de fevereiro de 2023”.
Abalém orienta o consumidor para que, quando for adquirir um medicamento, principalmente em casos de uso frequente, pesquisar sempre as melhores ofertas. Ela lembra que várias redes de drogarias, e até mesmo laboratórios, oferecem grandes descontos em alguns produtos.
TEC./SONORA: Renata Abalém - advogada e especialista em Direito do Consumidor
“O consumidor deve sempre pesquisar se nesses medicamentos de uso constante, o laboratório dos medicamentos dá um desconto especial para esse uso constante.”
LOC.: Em nota, o presidente executivo do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, Nelson Mussolini, revela que “dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, os aumentos nos preços dos medicamentos podem demorar meses ou nem acontecer”.
Reportagem, Sophia Stein