LOC: O Congresso Nacional está analisando um projeto que quer transformar em infração da ordem econômica o ato de exercer o direito de petição ou de ação com finalidade ou de forma anticompetitiva. De acordo com o Projeto de Lei 3812/2020, atualmente, um dos temas mais difíceis enfrentados pela Defesa da Concorrência é o abuso de direito de petição.
Na prática, o projeto tenta evitar que uma parte ajuíze uma série de ações contra concorrentes, também com baixa probabilidade de provimento favorável e de forma a gerar danos colaterais, gerando custos ou retirando, mesmo que temporariamente, rivais do mercado, gerando efeitos anticompetitivos no mercado. É o que explica o deputado federal Alexis Fonteyne (NOVO/SP).
TEC./SONORA: deputado federal Alexis Fonteyne (NOVO/SP).
“É a prática de ingressar com diversas ações jurídicas desprovidas de fundamento apenas com a intenção de prejudicar a concorrência. Ela fica nociva, pois usa um monte de aparatos judiciais do Estado contra o mercado, promovendo um desequilíbrio concorrencial. É quando se fica toda hora entrando com ações contra as outras empresas, por ter mais poder econômico, de forma a inibir a concorrência e o livre mercado”.
LOC: Eric Jasper é advogado e professor de direito econômico do IDP e IBMEC, além de ser um dos criadores do Vantagem Auferida, podcast brasileiro sobre antitruste. Ele destaca a importância de discutir o direito da concorrência a fim de melhorar a qualidade de vida da população brasileira.
TEC./SONORA: Eric Jasper, especialista.
“O direito da concorrência é fundamental para o funcionamento saudável da sociedade, porque o consumidor vai conseguir de maior qualidade, maior diversidade desses mesmo produtos e menores preços. Para o lado do empresário, também é fundamental que quando ele entre no mercado para competir, saiba que as regras da competição são claras e que ele vai estar livre de abuso”.
LOC: Atualmente o projeto está aguardando designação de relator na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) para que os parlamentares possam discutir o documento e, posteriormente, enviar ao plenário da casa legislativa para ser votado.