Vacina. Foto: Agência Brasil.
Vacina. Foto: Agência Brasil.

Prefeito de São Pedro dos Crentes (MA) acusa estado de se negar a enviar doses de vacina contra Covid-19 para o município

O município, que tem 4.651 habitantes, já se encontra há 24 horas com o estoque de vacinas zerado

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O prefeito da cidade de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim, denunciou por meio de um vídeo nas redes sociais que o governo do Maranhão se negou a entregar novas doses de vacinas contra a Covid-19 para o município. A justificativa do estado seria que a cidade não teria alcançado a meta de 60% das doses aplicadas. 

O gestor rebateu dizendo que no momento em que foi anunciada a distribuição, na última semana, o município já havia aplicado cerca de 90% das doses recebidas no total e hoje, o município que tem 4.651 habitantes, já se encontra há 24 horas com o estoque de vacinas zerado. “O governo do estado do Maranhão continua guardando as segundas doses e a cidade de São Pedro dos Crentes está sem vacina, porque todas as que nos forneceram foram aplicadas”, disse Lahesio Bonfim. 

O prefeito pediu para que o estado libere as segundas doses que estão guardadas para imunizar a população o mais rápido possível. “O Ministério da Saúde já divulgou uma nota pedindo que os estados liberem a segunda dose, que eles estão se responsabilizando pela entrega da vacina de forma mais árdua nos próximos dias. Não tem mais porque guardar a segunda dose”, argumentou. 

Até o momento o painel de fonte oficial de dados registra que o Maranhão já recebeu 572.129 doses de imunizantes, sendo 98 mil da AstraZeneca, divididos em dois lotes, e 474.129 da CoronaVac, divididos em sete lotes. 

Segundo os dados, o município de São Pedro dos Crentes, teria recebido 414 e aplicado apenas 298, realidade diferente da apresentada pelo prefeito da cidade, que não conta mais com doses disponíveis para imunização. 

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No último sábado (20) o estado recebeu novas doses que foram destinadas ao início da imunização dos povos e comunidades quilombolas e ribeirinhas, e para a continuidade da vacinação de idosos de 70 a 74 anos e trabalhadores da saúde.

O médico e infectologista do Hospital das Forças Armadas (HFA), Hemerson dos Santos Luz, destacou que a distribuição de vacinas aos municípios é feita com base em critérios técnicos, que podem ter levado o município a não estar na lista de distribuição desta levada de doses. “Levando-se em conta o número de doses disponíveis e a quantidade de pessoas de cada grupo prioritário em cada fase de vacinação”, disse.

Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde do Maranhão disse que não repercutiria a denúncia do prefeito e que este se trata de um caso isolado. Com suspeita de Covid-19, o secretário de Saúde, Carlos Lula, disse que não poderia conceder entrevista ao portal Brasil61.com.

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