Data de publicação: 14 de Agosto de 2023, 04:45h, atualizado em 14 de Agosto de 2023, 21:03h
LOC.: As parcerias público-privadas foram responsáveis por 19% dos investimentos em saneamento básico realizados por operadores privados em 2021. A participação privada, considerando todas as modalidades, apresentou um aumento de 45% na comparação com 2020. Os dados são da Associação e Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto, a Abcon Sindcon.
A superintendente técnica da entidade, Ilana Ferreira, explica que a parceria público privada, a PPP, envolve um contrato administrativo em que o poder público e o setor privado atuam juntos na prestação do serviço. Ela afirma que a expansão das PPPs passa pela devida estruturação dos projetos.
TEC./SONORA: Ilana Ferreira, superintendente técnica da Abcon Sindcon
“Como é uma modalidade que envolve também um braço público, o operador privado precisa sentir segurança, do ponto de vista técnico, financeiro e jurídico. O papel de ambas as partes precisa estar devidamente esclarecido e é importante também que todas as garantias e toda a estrutura jurídica esteja devidamente embasada para que haja atração de investimento e para que os financiadores se sintam seguros em aportar recursos nessa modalidade contratual.”
LOC.: Atualmente, as concessionárias privadas atendem 51 milhões de pessoas em 850 municípios, um aumento de 292% nos últimos 10 anos. Em 2013, 217 cidades eram atendidas por operadoras privadas de água e esgoto.
O senador Izalci Lucas, do PSDB do Distrito Federal, é membro da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado. Para o parlamentar, é preciso garantir segurança jurídica ao setor privado para atrair investimentos para o setor de saneamento no Brasil.
TEC./SONORA: senador Izalci Lucas (PSDB-DF)
“O setor público já demonstrou que não tem capacidade de investimento. Isso tem que ser feito com o setor privado. O privado é que tem recursos. E para isso tem que ter segurança jurídica, tem que ter atratividade, tem que ter confiança. O marco do saneamento foi realmente um projeto aprovado aqui na Casa exatamente visando dar segurança jurídica, dar condições de investimentos, fazer com que mais capital privado possa ser investido no saneamento básico.”
LOC.: O Brasil precisa de mais de 893 bilhões de reais em investimentos para universalizar os serviços de saneamento básico, como determina a lei, segundo a Abcon Sindcon. A associação estima que, com o investimento, o impacto no Produto Interno Bruto seja de 1 trilhão e 400 bilhões de reais nos próximos 10 anos.
Reportagem, Fernando Alves