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Data de publicação: 09 de Julho de 2021, 15:15h, atualizado em 12 de Julho de 2021, 00:19h
LOC.: Dentre as inúmeras consequências diretas causadas pela pandemia da Covid-19, está um aumento expressivo na quantidade de pessoas que passaram a contratar planos de saúde. O número de beneficiários de planos de saúde relativos ao mês de maio chegou a 48.137.767 usuários em planos de assistência médica. As informações são da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). De acordo com os dados, em um ano, houve aumento de 1.334.781 beneficiários - o equivalente a 2,77% de aumento em relação a maio de 2020, no que se refere aos planos médico-hospitalares. E quando falamos em novos beneficiários, não quer dizer que são apenas pessoas que nunca tiveram um plano de saúde particular. Quem nos relata isso é a Sara Petruce Oliveira, que tem 24 anos e é estudante de direito em Brasília.
TEC./SONORA: Sara Petruce Oliveira, personagem.
“Contratei o novo plano de saúde há mais ou menos um mês. Eu já tive plano de saúde antes, já tive há um tempo, mas durante a pandemia contratei novamente porque estava sem e eu tive sim medo de ficar sem suporte e de depender do serviço público durante a pandemia, já que a gente sabe que todos os hospitais estão superlotados.”
LOC.: E para mostrar o quão forte está essa relação dos brasileiros com os planos de saúde particulares, é importante trazer, também, os números de uma pesquisa realizada em abril de 2021 pelo Vox Populi a pedido do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Segundo a pesquisa, 81% dos entrevistados que não têm plano afirmaram que o principal motivo é o alto preço ser incompatível com as condições financeiras. José Cechin é superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) e explica mais sobre o assunto.
TEC./SONORA: José Cechin, superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
“A dificuldade é que a renda de boa parte dessas pessoas sem plano não é suficiente para custear um plano. Isso deveria acender um sinal, nas autoridades que formam as regras e regulação do setor, para termos uma regulação que permita que as operadoras desenhem planos melhor adaptados às possibilidades dos bolsos dessas pessoas.”
LOC.: Quando passamos para um olhar mais municipalizado, os dados da pesquisa do IESS, percebemos que as maiores metrópoles do país é onde estão as pessoas que consideram mais importante não confiar apenas no Sistema Único de Saúde (SUS). Com base nas respostas dos entrevistados que não possuem plano de saúde, o resultado daqueles que consideram como “muito importante” e “importante” ter um serviço particular é, em média, 84%.