LOC.: A Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), que representa o setor privado, deve apresentar uma nova proposta a fim de chegar a um bom termo para a implementação do piso salarial dos enfermeiros, técnicos em enfermagem, auxiliares de enfermagem e parteiras de todo o país — em nova reunião no dia 17 de novembro. Por meio de nota, eles disseram que m buscam a mediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) para encontrar alternativas que viabilizem a medida. O TST não aceitou a proposta de parcelamento dos reajustes por um prazo de até 3 anos. Na opinião do vice-presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Antônio Marcos, é preciso resolver esse impasse o quanto antes.
TEC./SONORA: vice-presidente do Conselho Federal de Enfermagem, Antônio Marcos
“Se coloca uma série de dificuldades, inclusive para exercício profissional, quando demite técnico, quando demite enfermeiro, indo na contramão daquilo que a gente imagina que é o reconhecimento do profissional com piso, mas é revertido isso tudo numa melhoria da qualidade da assistência à população brasileira. Os principais entraves se encontram aí”
LOC.: O advogado especialista em direito do trabalho Donne Pisco explica que a lei acabou sendo objeto de questionamento da CNS, hospitais, estabelecimentos e serviços que argumentavam a excepcionalidade da lei, podendo causar impactos remuneratórios e de empregabilidade. Segundo Pisco, a perspectiva agora é de que os sindicatos consigam construir uma solução conjunta.
TEC./SONORA: advogado especialista em direito do trabalho, Donne Pisco
A expectativa é que o sindicato, o laboral e o patronal conduzem essa negociação para permitir a aplicação do piso, ainda que num patamar mediano, enfim, conforme vai ser objeto de negociação, para garantir que haja aplicação da norma sem que isso tenha implicação negativa sobre a empregabilidade e a própria prestação de serviço. Isso vai ser negociado e não havendo acordo, aí sim, inserir diaria de maneira integral à lei.
LOC.: Já a Confederação Nacional de Municípios entende que a não inclusão do recolhimento de encargos patronais gerará ainda mais desequilíbrio nos municípios, em especial nas localidades mais pobres. Segundo as estimativas da entidade, realizadas em setembro de 2022, do impacto global de R$ 10,5 bilhões, ao menos 24% (R$ 2,5 bilhões) seriam pagamentos das prefeituras a título de encargos patronais.
Reportagem, Lívia Azevedo