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PIB nacional deve crescer cerca de 4,5% em 2021, aponta CNI

No estado do RJ, PIB cresceu 0,7% no primeiro trimestre de 2021. Bons resultados no País se devem ao avanço da vacinação e medidas que estimulam o setor

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A retomada econômica do Brasil começa a ganhar corpo com avanço da vacinação contra a Covid-19 e medidas que estimulam o setor. Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o País caminha para um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) próximo a 4,5% no fechamento de 2021.

O deputado Luiz Lima (PSL-RJ) avalia que, apesar da queda de 4,1% do PIB brasileiro durante a pandemia, os impactos negativos na economia foram recuperados por ações do governo.

“Apesar de ser um resultado negativo, nosso desempenho foi melhor, por exemplo, do que as nações latino-americanas e alguns países europeus. Então o desempenho do Brasil em 2020 foi sustentado pelas medidas de estímulo econômico do governo federal, principalmente pelo Auxílio Emergencial, pela ampla possibilidade de deferimento de tributos pelas empresas, e também pelos pacotes de crédito oferecidos por bancos e órgãos públicos”, destacou o parlamentar.

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Para os analistas da CNI, apesar da pandemia da Covid-19 e aumento da inflação, alguns fatores contribuíram para a recuperação da economia, como o menor impacto da segunda onda da doença sobre a atividade industrial, a liberação gradativa do setor de serviços e a oferta de insumos e matérias-primas no mercado para a produção na indústria.

PIB Estadual

No primeiro trimestre de 2021, o PIB do estado do Rio de Janeiro cresceu 0,7% na comparação com os últimos três meses de 2020. O percentual é estimado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Já em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o indicador recuou 1,7%. Mesmo negativo, o resultado revela uma redução do ritmo de queda da economia fluminense.

Segundo o deputado Luiz Lima (PSL-RJ), metade da queda do PIB nacional se deve ao setor de serviços, que foi fortemente impactado pelas medidas de isolamento social. No estado do Rio de Janeiro não foi diferente.

“A situação ficou ainda mais grave no Rio de Janeiro, porque a dependência econômica do setor de comércio e serviço é muito maior. Somos um estado com a terceira maior população do País, mas cujo parque industrial responde apenas por 11% da produção nacional e que encolheu mais de 10% entre 2008 e 2018.”

O parlamentar se diz confiante com a recuperação da economia do estado do Rio de Janeiro. “Se os governos federal, estadual e as prefeituras, juntamente com as empresas e sociedade, atuarem em conjunto dentro de suas competências, identificando os principais gargalos e buscando formas de solucioná-los, eu acho que podemos impulsionar a retomada de forma acelerada”, avalia.

“Há muito a ser feito no estado do Rio de Janeiro, com programas de crédito emergencial e linhas de financiamento para as pequenas empresas, parcelando os tributos que foram adiados; e programas de repactuação dos débitos tributários e redução de despesas com funcionalismo e aumento da eficiência do setor público”, acrescenta.

Banco Central e empresas

Na visão de William Bagdhassarian, economista e professor de Finanças do Ibmec DF, de 2020 a 2021, foram aprovadas várias medidas para destravar a economia. “Foi aprovado, por exemplo, a independência do Banco Central que vai desacoplar a questão do ciclo político da questão econômica, porque senão a cada eleição você terá o Banco Central interferindo e mexendo em taxa de juros só para eleger a administração de plantão. Então, isso é uma medida boa”, lembra.

William qualifica, nesse contexto, o Auxílio Emergencial pago desde 2020 como fundamental, junto com outras ações. “Também tivemos uma nova lei cambial; tivemos o Pronampe; tivemos, recentemente, a Medida Provisória 1040 que, junto com a Lei de Liberdade Econômica - chamada de melhoria do ambiente de negócio - e a Lei de Falências, vai tornar o processo de criação de empresas muito mais simplificado. E isso tudo se reflete em emprego.”

O especialista ainda afirma que, para alcançar os bons resultados esperados, a saúde e a economia devem ser focos de atenção simultâneos do governo. “Sem dúvida alguma, a chave para sairmos da crise é exatamente focar nessas medidas de saúde. A questão de saúde está muito ligada à questão da incerteza, porque na medida em que você entende que a questão de saúde pública foi definida, que o governo conseguiu equacionar essa pandemia e que a pandemia deixou de ser um problema, as pessoas começam a poder reinvestir”, comenta. 

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