LOC.: O texto do Orçamento 2025, que ainda está sendo avaliado no Congresso e tem previsão de ser votado apenas depois do Carnaval, precisará sofrer um reajuste de, pelo menos, VINTE E DOIS BILHÕES E OITOCENTOS MILHÕES DE REAIS. Pelo menos é isso que aponta um estudo feito pela Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados (Conof).
Segundo a análise do corpo técnico, mesmo com os cortes previstos pelo pacote fiscal, aprovado no fim de 2024, o PLOA de 2025 precisa do valor extra para conseguir cumprir com as despesas essenciais. Além disso, o documento ainda traz a recomendação de que, até abril de 2025, sejam adotadas medidas de contenção de gastos obrigatórios. A data estipulada é quando será apresentado o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026.
O primeiro ponto levantado pelo estudo mostra que o reajuste do salário-mínimo acima da inflação foi um dos fatores que pressionou as mudanças no cenário fiscal para 2025. Inicialmente previsto para R$ 1.509, o mínimo acabou ficando em R$ 1.518, o que acarretou num impacto de R$ 32,8 bilhões.
Também pesaram na conta programas sociais como o Vale-gás e o Pé-de-Meia que, juntos, provocam impacto de mais DOZE BILHÕES. A avaliação previu gastos extras, mas outras medidas deverão amenizar o impacto. Entre elas, o pacote de cortes de gastos aprovado no fim de 2024, que soma DEZ BILHÕES E QUATROCENTOS MILHÕES.
Por fim, o documento alerta para uma forte pressão nos gastos obrigatórios, que podem acabar por comprometer as despesas discricionárias, ou seja, não obrigatórias. E prevê ainda um cenário crítico entre 2025 e 2034.
Lembrando que o Orçamento 2025 ainda não foi aprovado pelo Congresso, o que está previsto para acontecer só depois do Carnaval, em 10 de março.
Reportagem, Livia Braz