LOC.: A Universidade de Brasília está desenvolvendo um novo inseticida para combater a dengue. Em fevereiro, o grupo de pesquisa chamado Arbol Control começou os testes com um novo inseticida biológico associado a armadilhas para atrair e capturar mosquitos no campus.
A coordenadora desta etapa da pesquisa, Dra Laila Espíndola, diz que, em laboratório, a resposta do inseticida foi de 100%. Agora, com os testes fora de um ambiente controlado, será possível fazer a verificação da eficácia do veneno.
TEC./SONORA: Laila Salmen, professora de Farmacognosia da Universidade de Brasília
“Temos vários inseticidas eh no mercado que são usados aí pelos municípios nas epidemias ou controle do mosquito que são os inseticidas sintéticos, convencionais. O problema é que os mosquitos estão resistentes a esses compostos, esses inseticidas que estão disponíveis no mercado.”
LOC.: O novo veneno que está em fase de testes na UnB é capaz de matar o Aedes Aegypti na primeira ou na segunda fase de seu desenvolvimento, que é a de ovos ou larvas. Se comprovada a eficácia do inseticida, deverá ser produzido em escala comercial.
Um mosquito do Aedes tem um ciclo de vida que pode chegar a 30 dias. Na fase adulta, o mosquito pode colocar até mil e quinhentos ovos. Para conseguir pôr os ovos, precisa picar alguém. Se está num ambiente contaminado, a dengue rapidamente se espalha entre as pessoas que estão próximas.
O servidor público, André Levino, está com dengue. Ele acredita que contraiu a doença em uma chácara na região de Corumbá, em Goiás. Levino relata os sintomas.
TEC./SONORA: André Levino, servidor público
“Muita, muita dor no corpo, dor no corpo inteiro assim, até no olho, na lombar, nas juntas, nas mãos, é dor em tudo. E essas dores mesmo que oscilam. Uma hora você dói mais, outra hora dói menos e muito enjoo também. Muito muito enjoo. Tem que ficar tomando Dramin, vonau. É uma sensação horrível. Eu já tive covid também. Pior do que a da Covid-19.”
LOC.: Evitar água parada é a forma mais eficiente de evitar que o mosquito nasça. No período do verão em que há a presença de chuvas e calor, o mosquito pode se desenvolver em apenas um dia.
Reportagem, Angélica Cordova