LOC.: Pelo celular dá para consultar saldos esquecidos em bancos, acessar serviços do INSS, fazer operações do FGTS, gerar guia de recolhimento de impostos, consultar documentos. Em três anos, mais de mil e 600 serviços públicos foram digitalizados. Ao todo, 74% dos serviços oferecidos pelos governos de diferentes níveis já podem ser acessados pelos meios digitais.
Para diretor de Serviços Públicos Digitais do Ministério da Economia, Luiz Miyadaira, o país está avançando a passos largos. Ele diz que só não serão digitalizados serviços que essencialmente não tem como funcionar dessa maneira, como uma perícia ou uma vacina.
TEC. SONORA: Luiz Miyadaira, diretor de Serviços Públicos Digitais do Ministério da Economia
“A pandemia nesse ponto causou um efeito de que é ou a gente digitalizava ou as pessoas ficavam simplesmente sem o balcão físico. E o serviço digital salvou a população de ficar no escuro total. Agora, elas se acostumaram com o serviço digital. Então um dos desafios é isso. É o tempo que a gente não tem, e que a gente precisa recuperar. O segundo desafio: acho que a gente precisa ser cada vez mais assertivo e pensar na experiência do cidadão como único, independente de onde ele mora e de onde ele está, se fazendo um serviço estadual, municipal ou federal”
LOC.: À medida que serviços como os Detrans, a Receita Federal, as Secretarias de Segurança Pública vão digitalizando suas bases de dados, as informações vão sendo agrupadas e a conta de acesso único aos serviços, o Gov.br, vai ficando mais segura. Atualmente, a plataforma já possui cerca de 127 milhões de usuários, o que representa cerca de 80% da população adulta brasileira. Só em fevereiro, foram feitos 250 milhões de acessos de serviços públicos pelo Gov.br.
O aposentado Maurício Machado, de 71 anos, foi um deles. Além de consultar se teria algum valor esquecido no banco, também consultou a carteira de motorista digital e compartilhou o documento do carro com a filha. Agora, ele está fazendo a declaração de imposto de renda com as informações pré-preenchidas.
TEC./SONORA: Maurício Machado, aposentado
“Independente do termo de Covid-19, em que eu fiquei recluso, mesmo assim eu procuro resolver o acesso às informações todo pelo computador, pelo celular. Inclusive serviço bancário raramente eu vou a uma agência bancária para resolver alguma situação. Só mesmo em casos especiais, faço de casa pagamentos. Bom, sacar dinheiro não tem jeito, tem que ir”
LOC.: Como nem todas as pessoas se adaptam ao digital, os atendimentos de balcão vão continuar existindo. O Brasil está na liderança de digitalização de serviços públicos nas Américas, à frente dos Estados Unidos e do Canadá. Em todo o mundo, o Brasil ocupa a sétima colocação no que diz respeito à digitalização de serviços públicos entre 198 países avaliados pelo Banco Mundial.
Reportagem, Angélica Córdova