Foto: Divulgação/SES
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Municípios de Pernambuco enfrentam dificuldades para aumentar a cobertura vacinal

Municípios pernambucanos de Chã de Alegria, Moreno e Ilha de Itamaracá, Canhotinho e Sairé estão entre as 20 cidades enquadradas no nível crítico do Índice de Fiscalização do Programa Nacional de Imunizações (IFPNI)

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Os municípios pernambucanos de Chã de Alegria, Moreno e Ilha de Itamaracá, Canhotinho e Sairé estão entre as 20 cidades enquadradas no nível crítico do Índice de Fiscalização do Programa Nacional de Imunizações (IFPNI). Em contrapartida, Santa Cruz, Lagoa dos Gatos, Cupira, São Vicente Férrer e Brejinho estão entre os 23  municípios encontrados no nível satisfatório do Índice. Na relação, 70 cidades estão no nível moderado e 71 no grave.

O infectologista Werciley Júnior alerta que muitas doenças foram erradicadas com a vacinação, porém com a diminuição da cobertura vacinal, existem grandes riscos de retorno de doenças previamente eliminadas ou aumento de casos e surtos localizados por causa de fácil disseminação quando as crianças não estão totalmente imunizadas.

“Dentro do Programa Nacional de Imunização, nós temos as vacinas básicas que são vacinas das principais doenças que atingem aquela faixa de idade. Então essa vacinação tem o intuito de diminuir os quadros graves e até mesmo diminuir a apresentação dessas doenças”, explica

Falta de vacinas

Durante 40 dias, as equipes de auditoria do Departamento de Economia e Saúde e de Controle Externo Regional do TCE visitaram 1.662 unidades básicas de saúde em todos os municípios e observaram que em 47% dos municípios, os auditores constataram falta de vacinas como Pentavalente, Pneumocócica 10 valente, Poliomielite e Tríplice viral, em pelo menos uma unidade de saúde visitada.

De acordo com o TCE a deficiência na capacitação dos profissionais envolvidos foi observada em 68% das cidades. Em 32% delas não é feita vacinação em creches e escolas; e outras 16% não fazem campanha de conscientização vacinal. Sobre a estrutura, em 80% das unidades de saúde as salas não contam com itens obrigatórios como maca, bancada, termômetro para caixa térmica e pia de lavagem.

A análise apontou que em 74% das unidades visitadas, o armazenamento de vacinas é feito em geladeiras domésticas. Dos equipamentos de refrigeração, 62% não possuem manutenção periódica, e em 72% não há gerador para garantir a refrigeração em caso de queda de energia. Metade das salas examinadas não é supervisionada pela gestão de saúde dos municípios.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Pernambuco afirmou que ao longo dos últimos anos o estado sofre com a redução das coberturas vacinais. Diante desse cenário, considerado global, de baixas coberturas o Programa Estadual de Imunização, junto aos municípios pernambucanos estão realizando diversas estratégias diferentes intensificação como: busca ativa vacinal, escolas, indústrias, feiras livres, horário ampliado de Unidades Básicas de Saúde ou Pontos de Vacinação, entre outros.

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