LOC.: A monkeypox acumula 10.711 casos confirmados no Brasil e 15 mortes, de acordo com dados levantados até o dia 24 de janeiro deste ano e anunciados em evento do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. O Instituto lançou em conjunto com a revista científica The Lancet Regional Health Américas o encarte “Mpox multinacional nas Américas: Lições do Brasil e do México”.
A infectologista Joana Darc afirma que a doença ainda é considerada um problema de saúde pública pelo fato de que ainda é negligenciada e não possui medicamentos específicos para o combate.
TEC./SONORA: Joana Darc - infectologista
“Por anos ela esteve restrita a países africanos, pobres e sem o devido investimento.”
LOC.: Além disso, a médica explica que a doença traz um estigma por também ser transmitida sexualmente.
A infectologista Larissa Tiberto destaca algumas das políticas de enfrentamento à doença que precisam ser adotadas para que os casos não piorem e o número de mortes não suba.
TEC./SONORA: Larissa Tiberto - infectologista
“Primeiro é informação à população. Parar de estigmatizar a doença como se ela fosse pega em um único grupo de gays e bissexuais por relação sexual. Essa doença, ela é uma doença que pode ser pega por via respiratória, por via de contato, pele a pele. E isso você pode ter encostar em alguma pessoa na rua, independente do seu gênero e da sua condição sexual. A outra coisa que nós precisamos fazer é começar ensaios de vacinas aqui no Brasil, começar ensaios e estudos para uma medicação, pra um antiviral específico para essa doença”
LOC.: De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, após consultas com especialistas globais, a Organização Mundial da Saúde vai começar a usar um novo termo para se referir a monkeypox: mpox. O período para esta transição será de um ano e, após esse tempo, o nome monkeypox será abolido.
Reportagem, Sophia Stein