LOC.: Após o anúncio do fim da vacinação contra a febre aftosa no Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária, o Mapa, vai agir em outras frentes.
Mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados como estratégia de proteção.
O diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária, Marcelo Mota, explica que foram criados três eixos principais para nortear as próximas ações.
TEC./SONORA: Marcelo Mota - diretor Mapa
“O fortalecimento do serviço veterinário, no estabelecimento de uma estratégia de vacina para o caso de uma introdução de doença; um banco de vacina para estratégia focal e o fortalecimento das ações dos fundos de compensação para o caso de emergência. Porque no caso da ocorrência de uma eventual introdução desse vírus no futuro, nós tenhamos os recursos financeiros disponíveis para compensar os produtores agrícolas que vão ser prejudicados por essa ação”.
LOC.: O médico veterinário Lucas Edel ressalta como as recomendações do plano devem continuar sendo seguidas para que não haja o retorno do vírus.
TEC./SONORA: Lucas Edel - veterinário 1
“As ações de vigilância, de coleta de amostras biológicas dos animais, de uma forma randomizada, aleatória, de cada estado, são uma forma de a gente monitorar se o vírus está vindo, está circulando ou não. Então, a circulação e o aumento da fiscalização das fronteiras, principais fronteiras mais problemáticas como com o Paraguai e Bolívia”.
LOC.: A erradicação com a suspensão da vacinação traz benefícios para o setor agropecuário e é vista com bons olhos pelo mercado internacional, como observa o advogado especialista em direito animal Luciano De Paoli.
TEC./SONORA: Luciano De Paoli - advogado
“Essa carne não é só consumida no Brasil, ela também é exportada, então ficando livre da doença, faz com que o mercado interno e externo acabe tendo grande lucratividade. E Brasil ficando livre de zoonoses, dá um patamar superior em igualdade com países desenvolvidos”.
LOC.: De acordo com o Mapa, o pedido de reconhecimento do país vai ser realizado em agosto e o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025.
O reconhecimento internacional do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação ao país é feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).
Desde 2006 não são registrados casos da doença em território nacional.
Reportagem Yumi Kuwano