LOC.: Após ser aprovado pelo Senado Federal, o projeto que trata da comercialização dos bioinsumos na agropecuária agora aguarda sanção presidencial. A medida, na avalição de entidades ligadas ao agro, garante mais inovação tecnológica e sustentabilidade ao campo.
É o caso da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, a CNA. De acordo com a entidade, a proposta promove “segurança jurídica aos produtores rurais e fomenta o desenvolvimento do setor.”
A Frente Parlamentar da Agropecuária também tem mostrado apoio ao projeto. Para o presidente do grupo, Pedro Lupion (PP-PR), os trabalhadores do setor esperavam por esse resultado. Para o colegiado, a proposta também cria pilares essenciais para uma agricultura sustentável.
Ao longo dos debates, a ex-ministra da Agricultura, senadora Tereza Cristina (PP-MS), afirmou que o projeto representa o “agro movido a ciência”. A parlamentar também destacou que o Brasil está entre os líderes mundiais no uso de defensivos biológicos.
TEC./SONORA: Tereza Cristina, senadora (PP-MS)
“É a aprovação de uma lei importantíssima para, principalmente, os pequenos agricultores, aqueles que atuam na agricultura familiar, que fazem a agricultura orgânica, assim como os grandes agricultores que usam, hoje, o bioinsumo, que é de suma importância para a agricultura sustentável.”
LOC.: Entre outros pontos, a medida dispensa de registro bioinsumos produzidos para o consumo próprio nas propriedades rurais e estabelece mecanismos oficiais de estímulo ao uso desse tipo de produto. Além disso, o texto cria uma taxa para financiar o trabalho de fiscalização pelo Ministério da Agricultura.
Dados divulgado pela agência FPA revelam que, no país, o mercado desse tipo de produto tem apresentado um crescimento significativo, com uma taxa anual de 21% nos últimos três anos. Ou seja, quatro vezes a mais que a média global.
A proposta havia sido aprovada na Câmara dos Deputados no dia 27 de novembro deste ano. Já no Senado, a aprovação foi na última terça-feira (3). Entre os senadores, o projeto foi aprovado em votação simbólica, com duas emendas de redação.
Reportagem, Marquezan Araújo