LOC.: O Programa de Redução de Litigiosidade Fiscal prevê a renegociação de dívidas de pessoas físicas e empresas, com descontos e prazo de até 12 meses para pagamento. A adesão ao chamado Litígio Zero deve ser feita a partir de 1º de fevereiro até 31 de março, pelo Portal do Centro Virtual de Atendimento, disponível no endereço eletrônico da Receita Federal.
Para o economista Guidi Nunes, com o Litígio Zero, o governo federal pretende conseguir agilidade na recuperação de recursos.
TEC./SONORA: Guidi Nunes, economista
“Também é uma maneira de recuperar os litígios que estão acontecendo ou de evitar no futuro. No momento, segundo o governo federal, em termos de demandas judicializadas ou na comissão arbitral, está em torno de um trilhão de reais. Então, o governo pretende recuperar parte desse valor. A princípio, o governo está otimista, espera recuperar pelo menos 25 bilhões de reais ao longo de 2023.”
LOC.: Para os contribuintes que fizerem a confissão e o pagamento de débitos tributários, após o início do procedimento fiscal e antes da constituição do crédito tributário, a medida prevê um incentivo: fica afastada a incidência da multa de mora e da multa de ofício.
Segundo o economista César Bergo, o programa é voltado para pessoas físicas, micro, pequenas e grandes empresas.
TEC./SONORA: César Bergo, economista
“O chamado Litígio Zero vai renegociar as dívidas tanto para pessoa física como para pessoa jurídica e o volume de recursos envolvidos deve ser de até 60 salários-mínimos. Então, o contribuinte vai ter a possibilidade de pagar a dívida com um bom desconto e, no caso de pessoas físicas, vai ter dispensa proporcional de multas e juros.”
LOC.: Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o potencial de renegociação do programa é de 3 bilhões e 720 milhões de reais com cerca de 30 mil processos no Carf e 170 mil processos nas delegacias da Receita Federal.
Reportagem, Landara Lima.