LOC.: Os investimentos em energia solar devem ser de cerca de R$ 39 bilhões em 2024. Além disso, devem gerar mais de 280 mil empregos no país, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a Absolar.
Tal crescimento deve consolidar a energia solar como a segunda maior fonte de eletricidade do país, com 16,8% de participação na matriz elétrica. Essa posição foi conquistada em janeiro, após ter ultrapassado a energia eólica.
A vice-presidente da Absolar, Bárbara Rubim, explica que o baixo custo é um dos motivos por trás do crescimento da energia solar fotovoltaica no país. Segundo ela, o cenário ideal é que haja um equilíbrio de participação das diversas fontes de energia limpa na matriz elétrica brasileira.
TEC./SONORA: Bárbara Rubim, vice-presidente da Absolar
"O ideal não é que o Brasil abandone, por exemplo, a energia das hidrelétricas; é que a gente aproveite as hidrelétricas em operação no país e utilize-as como uma energia que vai suprir a solar e a eólica quando a gente tiver em um dia mais nublado ou em que o regime de ventos está mais baixo."
LOC.: Goiás é um dos destaques quando o assunto é a geração própria em telhados e pequenos terrenos. Tendo apenas a décima primeira população entre as unidades da federação, o estado já é o sétimo quando o assunto é o número de gigawatts de capacidade instalada em geração distribuída.
Foram mais de R$ 5 bilhões de empregos gerados desde 2012, no estado, de acordo com o coordenador da Absolar em Goiás, Francisco Maiello.
TEC./SONORA: Francisco Maiello, coordenador da Absolar em Goiás
"Goiás tem em torno de três milhões e quatrocentas mil unidades consumidoras, desde residência até grandes indústrias. De tudo isso, em torno de cento e vinte mil já têm acesso à energia solar. Apesar de ser um número relevante, ainda representa quase 4% apenas das unidades consumidoras. Ainda tem muito mercado para crescer".
LOC.: O uso da energia solar deve continuar crescendo não só nas residências e nas empresas. O setor público tem tratado a fonte de energia como estratégica para a melhoria de serviços voltados à população.
É o caso do Mato Grosso do Sul, que pretende investir mais de R$ 14 milhões este ano em iluminação pública com luminárias de LED que geram energia a partir da luz solar. O montante é o triplo do que foi investido em 2023.
Reportagem, Felipe Moura.