LOC.: Em abril, a Intenção de Consumo das Famílias brasileiras registrou um avanço de 0,4%, considerando os efeitos sazonais. Esse é o primeiro resultado positivo após quatro meses consecutivos de queda. A maioria dos componentes apresentou aumento, com exceção dos bens duráveis. As informações foram divulgadas pela CNC.
O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, destaca que na comparação anual o indicador apresentou um crescimento de 6,1%
TEC./SONORA: Economista-chefe da CNC, Felipe Tavares
“Isso mostra que em abril, as famílias brasileiras estão revertendo a sua perspectiva sobre o consumo. Destaca-se como fatores que explicam essa melhora na expectativa de consumo das famílias brasileiras, a melhora do mercado de trabalho e a redução dos juros da economia brasileira.”
LOC.: O economista e especialista em investimentos, Samuel Arantes, explica que o aumento na Intenção de Consumo das Famílias foi influenciado, principalmente, por três fatores: inflação, crédito e desemprego.
TEC./SONORA: Samuel Arantes, economista e especialista em investimentos
“A inflação vem cadente, principalmente nos itens que contemplam o IPCA [Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo]. O IPCA de março veio menor que a previsão, e a pesquisa Focus, do Banco Central, está mostrando que a inflação medida pelo Índice vai estar fechando 2024 na cada dos 3.8, 3.7.”
LOC.: Além disso, ele informa que o aumento da massa de crédito na economia favorece o crescimento da intenção de consumo. Segundo o economista, o bolsa família turbinada, programas governamentais com a meta de limpar os nomes da população e as famílias estarem menos endividadas também influenciaram no resultado da pesquisa.
Para Arantes, esses fatores podem sustentar o nível de intenção de consumo ao longo do ano, mesmo que com menos força de impulso.
Reportagem, Nathália Guimarães