Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

InfoGripe: Covid-19 lidera causas de morte por SRAG

Em 2025, o Brasil já contabiliza mais de 311 mil casos e aproximadamente 2 mil mortes em decorrência da doença


A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (2), aponta que a Covid-19 foi responsável por 50,9% dos óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre 31 de agosto e 27 de setembro.

Até o momento, o Brasil registra mais de 311 mil casos de Covid-19 e cerca de 2 mil mortes causadas pela doença. Os dados são do painel do Ministério da Saúde, com base nas informações fornecidas pelas Secretarias Estaduais de Saúde.

De acordo com os dados mais recentes do painel, somente entre os dias 24 e 30 de agosto, durante a Semana Epidemiológica (SE) 35, foram notificados mais de 8 mil novos casos e 18 óbitos.

Cenário nacional

O levantamento da SE 39 (de 21 a 27 de setembro) indica situação de alerta, risco ou alto risco para os casos de SRAG em cinco estados brasileiros:

  • Amazonas;
  • Distrito Federal;
  • Espírito Santo;
  • Goiás;
  • Mato Grosso.

Nas unidades federativas do Centro-Oeste, como Goiás e Distrito Federal, a Covid-19 se destaca como principal agente, com impacto direto nas hospitalizações entre idosos. A influenza A também elevou o número de internações em quase todas as faixas etárias nessas regiões.

No Espírito Santo, o avanço da SRAG reflete a atuação conjunta da Covid-19, que afeta sobretudo os idosos, e do rinovírus, com maior incidência entre crianças pequenas.

Já no Amazonas, o crescimento dos casos decorre da circulação do rinovírus, que atinge crianças e adolescentes entre 2 e 14 anos, além da retomada das notificações por vírus sincicial respiratório (VSR) em crianças de até 2 anos.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, destaca a importância de manter a carteira de vacinação atualizada para reduzir a gravidade dos casos.

“Pedimos que as pessoas, especialmente integrantes dos grupos de risco, verifiquem se estão com a vacinação em dia. A vacina continua sendo a principal forma de proteção contra casos graves e óbitos”, afirma Portella.

Incidência

As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o rinovírus é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por covid-19 e influenza A.

Vírus Prevalência (%)
Rinovírus 42,4%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 16,6%
Influenza A 15,6%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 13,3%
Influenza B 2,2%

Fonte: Fiocruz

Ano epidemiológico

Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados quase 185 mil casos de SRAG, sendo 53% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:

Vírus Prevalência (%)
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 42,7%
Rinovírus 27,1%
Influenza A 23,5%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 7,7%
Influenza B 1,2%

Fonte: Fiocruz

Entre os óbitos registrados no mesmo recorte temporal, já foram contabilizadas mais de 11 mil mortes. Desse total, 51,9% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, com destaque para a influenza A, principal agente identificado.

Vírus Prevalência (%)
Influenza A 51%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 22,4%
Rinovírus 13,9%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 11,9%
Influenza B 1,8%

Fonte: Fiocruz

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LOC.: A Covid-19 lidera as causas de morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) nas últimas quatro semanas epidemiológicas, entre os dias 31 de agosto e 27 de setembro. Segundo o boletim InfoGripe da Fiocruz, 50,9% dos óbitos por SRAG nesse período foram causados pelo coronavírus.

Dados do Ministério da Saúde apontam que, desde o início de 2025, o país já registrou mais de TREZENTOS E ONZE MIL casos de Covid-19 e cerca de DUAS MIL mortes. Somente na semana de 24 a 30 de agosto, foram notificados mais de OITO MIL novos casos e DEZOITO óbitos.

O último levantamento da Fiocruz, referente ao período de 21 a 27 de setembro, revela que cinco estados brasileiros enfrentam situação de alerta ou alto risco para casos de SRAG: Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso.

No Centro-Oeste e no Espírito Santo, a Covid-19 tem sido o principal agente entre os idosos.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, destaca a importância de manter a carteira de vacinação atualizada para reduzir a gravidade dos casos.

TEC./SONORA: Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe

“Por isso, a gente vem aqui reforçar a importância das pessoas estarem em dia com a vacinação contra o vírus da influenza e também contra o vírus da Covid-19, já que a vacina contra esses vírus é a principal forma de prevenção contra os casos graves”


LOC.: No acumulado do ano epidemiológico de 2025, já foram registrados quase CENTO E OITENTA E CINCO MIL casos de SRAG. O vírus sincicial respiratório (VSR) lidera entre os casos positivos, seguido pelo rinovírus e pela influenza A.

Entre os óbitos com confirmação laboratorial, a influenza A aparece como principal agente, responsável por 51% das mortes, seguida pela Covid-19, com 22,4%.

Reportagem, Maria Clara Abreu.