Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

InfoGripe: casos de SRAG por Covid-19 aumentam em cinco estados

Estudo epidemiológico também indica alta nas incidências por influenza A em SP e GO; Covid-19 lidera os óbitos por SRAG nas últimas quatro semanas, com 51,5%


A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (16), aponta avanço dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por Covid-19 em cinco estados:

  • Bahia
  • Paraná
  • Rio Grande do Sul
  • Santa Catarina
  • São Paulo

O levantamento epidemiológico também indica a continuidade do crescimento de casos de SRAG por influenza A em Goiás e São Paulo. No entanto, não há impacto significativo nas hospitalizações. A análise é referente à Semana epidemiológica (SE) 41, de 5 a 11 de outubro.

Faixas etárias mais afetadas

Em relação às faixas etárias mais afetadas, o Espírito Santo se destaca como o único estado onde os casos de SRAG por Covid-19 entre idosos permanecem estáveis — embora ainda em níveis elevados para a região.

A pesquisa também aponta que a incidência da SRAG pela doença é mais alta entre crianças de até dois anos, enquanto a mortalidade continua predominante entre os idosos.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde realiza neste sábado (18) o Dia D de mobilização nacional pela vacinação, com o objetivo de reforçar a importância da imunização e conter o avanço de casos graves de SRAG.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, destaca que pessoas pertencentes aos grupos de risco devem manter a carteira de vacinação atualizada.

“A gente pede para que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacinação contra o vírus, lembrando que idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto que os outros grupos, como imunocomprometidos, que são também grupos de risco, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano”, ressalta Portella.

Incidência

As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o rinovírus é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por influenza A e covid-19.

Vírus Prevalência (%)
Rinovírus 39,8%
Influenza A 20,1%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 16,2%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 9,1%
Influenza B 2%

Fonte: Fiocruz

Em relação aos óbitos registrados no mesmo período, a Covid-19 aparece como a principal causa, seguida pelo rinovírus e pela influenza A.

Vírus Prevalência (%)
Sars-CoV-2 (Covid-19) 51,5%
Rinovírus 21,4%
Influenza A 15,5%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 6,8%
Influenza B 2,9%

Fonte: Fiocruz

Ano epidemiológico

Ao longo do ano epidemiológico de 2025, o vírus sincicial respiratório (VSR) é o agente mais detectado entre os casos com resultado laboratorial positivo, seguido por rinovírus e influenza A.

Vírus Prevalência (%)
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 42,1%
Rinovírus 27,4%
Influenza A 23,3%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 7,9%
Influenza B 1,2%

Fonte: Fiocruz

No mesmo recorte temporal, já foram contabilizadas mais de 11 mil mortes. Desse total, 51,6% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, com destaque para a influenza A, principal agente identificado.

Vírus Prevalência (%)
Influenza A 50,3%
Sars-CoV-2 (Covid-19) 23%
Rinovírus 14%
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) 11,8%
Influenza B 1,8%

Fonte: Fiocruz

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LOC.: O Boletim InfoGripe da Fiocruz, referente ao período de 5 a 11 de outubro, aponta avanço dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, a SRAG, causados por Covid-19 em cinco estados brasileiros: Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Nas últimas quatro semanas, a Covid-19 foi responsável por mais da metade dos óbitos por SRAG, com 51,5% das mortes registradas.

A pesquisa também alerta para o aumento de casos entre crianças de até dois anos, faixa etária com maior incidência da doença. Já entre os idosos, a mortalidade continua sendo a mais elevada.

Além disso, o levantamento indica que o vírus da influenza A tem impulsionado as notificações de SRAG em Goiás e São Paulo. No entanto, não há impacto significativo nas internações.

A pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, ressalta que pessoas pertencentes aos grupos de risco devem manter a carteira de vacinação atualizada.

TEC./SONORA: Tatiana Portella, pesquisadora do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe

“Por isso a gente pede para que as pessoas dos grupos de risco verifiquem se estão em dia com a vacinação contra o vírus, lembrando que idosos precisam tomar doses de reforço a cada seis meses, enquanto que os outros grupos, como imunocomprometidos, que são também grupos de risco, precisam tomar doses de reforço uma vez ao ano.”


LOC.: Aproveite o Dia D de mobilização nacional pela vacinação, neste sábado (18), para colocar a caderneta em dia. A iniciativa, promovida pelo Ministério da Saúde, reforça a importância da imunização como principal estratégia para conter o avanço dos casos graves de SRAG.

Em 2025, o Brasil já registrou mais de ONZE MIL mortes por SRAG. Desse total, 51,6% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, com destaque para a influenza A, principal agente identificado.

Reportagem, Maria Clara Abreu.