
LOC: Em 2021, o estado de Goiás registrou 48,7 mil casos de dengue. Desses, 24 vieram a óbito. Apesar do número, de forma geral, o estado registrou redução quando comparado à quantidade de casos confirmados em 2020. Os últimos dados disponíveis mostram que a maior parte dos 246 municípios está em situação de risco regular com relação ao Aedes aegypti. Segundo a Secretaria de Saúde de Goiás, pelo menos sete municípios goianos estão em alto risco: Turvânia, Joviânia, São Luís de Montes Belos, Buriti de Goiás, Sanclerlândia, Mossâmedes e São Miguel do Passa Quatro. Alguns desses municípios estão entre os que têm maior incidência de dengue no país. A referência para avaliar o risco de infestação é medida a partir da identificação de locais com larvas do mosquito em comparação à quantidade de habitantes na área.
Segundo a gerente de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador de Goiás, Edna Covem, essas cidades estão espalhadas em diferentes regiões do estado, o que dificulta a atuação, uma vez que a presença do mosquito pode se espalhar por municípios vizinhos.
TEC./SONORA: Edna Covem, gerente de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador de Goiás
“Isso que está difícil, porque nós não temos uma concentração regional do número de casos, está espalhado em vários municípios do nosso território.”
LOC: Ao verificar o risco, a secretaria estadual de saúde aciona a gestão municipal para que sejam alocadas equipes de combate para identificar e eliminar focos do mosquito.
TEC./SONORA: Edna Covem, gerente de Vigilância Ambiental e Saúde do Trabalhador de Goiás
“Essa ação de combate ao mosquito não é só da saúde, ela é da saúde, ela é da limpeza urbana, ela é da comunicação social para alertar a população que a situação do município está ficando de risco, então a população precisa se mobilizar.”
LOC: O estado de Goiás tem legislação que respalda a aplicação de multas em moradores que são reincidentes no descuido com seu domicílio no que diz respeito à eliminação de locais que podem ser foco do mosquito. Campanha do Ministério da Saúde orienta que as medidas para evitar água parada sejam incorporadas na rotina da população, como explica o coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses da pasta, Cássio Peterka.
TEC./SONORA: Cássio Peterka, coordenador-geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde
“A grande importância de combater o mosquito é que não teremos pessoas doentes se não tivermos muitos mosquitos. Então a campanha desse ano ela traz à tona a questão de cada um buscar a responsabilidade dentro do seu quintal, do seu local de trabalho e utilizar dez minutos da sua semana para que ele faça uma revisão nos principais locais onde possam ter criadouros do mosquito e elimine esses criadouros, não deixe que o mosquito nasça.”
LOC: Para evitar a proliferação do mosquito, a população deve checar calhas, garrafas, pneus, lixo, vasos de planta e caixas d’água. Não deixe água parada. Combata o mosquito todo dia. Coloque na sua rotina.
Reportagem, Angélica Cordova