LOC.: Goiás registrou um aumento de 37,8 mil pessoas ocupadas no setor do comércio, entre 2012 e 2021. Os dados constam na Pesquisa Anual de Comércio, divulgada nesta sexta-feira (4) pelo IBGE.
O levantamento comparou as características estruturais do segmento empresarial da atividade de comércio, num período de 10 anos. Segundo o estudo, em 2021 o setor ocupou um total de 348.358 pessoas, em Goiás. Em 2012, eram 310.512 pessoas.
O economista Luigi Mauri observa que, apesar da relativa melhoria que ocorreu no comércio, não houve uma recuperação total com relação ao período pré-pandemia. Ainda segundo o especialista, houve mudanças no comportamento de consumo dos brasileiros.
TEC./SONORA: Luigi Mauri, economista
“Nesse período também até 2021, a gente consegue observar claramente que o consumidor teve uma preferência por vendas online, quer dizer, as vendas físicas no comércio diminuíram e as vendas online cresceram. Ainda não é a predominância, mas elas tiveram um bom destaque nesse período até 2021. Isso pode apontar uma tendência para os próximos anos do consumidor preferir comprar do conforto da sua casa ao invés de ir ao comércio fisicamente.”
LOC.: De acordo com o estudo, em 2021, o salário médio mensal percebido por trabalhadores em cada divisão de atividades caiu para 1,7 salários mínimos. Em relação ao salário médio no comércio varejista, o valor permaneceu constante, em 1,4 salário mínimo.
Dentro dessa situação, o economista Aurélio Trancoso destaca que, diante dos resultados, é possível notar que os melhores salários do país em relação ao setor se concentram nas regiões Sul e Sudeste, que, por sua vez, também são as regiões que mais empregaram pessoas até 2021.
TEC./SONORA: Aurélio Trancoso, economista
"Os melhores salários hoje estão no Sudeste e no Sul, teve um aumento pequeno, mas teve. Depois o centro-oeste, com aumento praticamente igual do Brasil, acompanhou o aumento brasileiro. E você tem norte e nordeste com os menores aumentos em termos de salário mínimo. Quando você fala de pessoas ocupadas, as regiões sul e sudeste são as que mais empregam e são as que dão melhores salários”.
LOC.: Com esses resultados, a receita bruta do GO em 2021 dobrou de valor, em comparação ao ano de 2012, registrando R$ 220,4 bilhões. Do total, R$ 84,5 bilhões foram gerados no comércio varejista; R$ 114,6 bilhões no comércio por atacado; e R$ 21,2 bilhões no comércio de veículos, peças e motocicletas
Reportagem, Daniela Gomes