Data de publicação: 18 de Janeiro de 2023, 03:30h, atualizado em 18 de Janeiro de 2023, 22:38h
LOC.: Até 2025, as empresas de tecnologia devem demandar 797 mil profissionais, ao passo que a projeção é de um déficit anual de 106 mil talentos. Números que refletem, segundo a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais, o crescimento acelerado do setor e alertam para a necessidade de ampliar a formação profissional no mesmo ritmo.
Além da alta procura, a carreira promissora e a entrada no mercado de trabalho com salário médio inicial que pode variar entre R$ 3 mil e R$ 5 mil fazem da Tecnologia da Informação e Comunicação uma das profissões mais atrativas para quem busca vaga no mercado de trabalho. Segundo o diretor de Educação e Tecnologia do SESI/SENAI Goiás, Claudemir Bonatto, as entidades têm reforçado a oferta de cursos on-line e presenciais de níveis técnico, de qualificação e superior para suprir a carência desses profissionais. E ressalta que o mercado de tecnologia está aquecido em Goiás.
TEC./SONORA: Claudemir Bonatto, diretor de Educação e Tecnologia do SESI/SENAI Goiás
“De cada 10 ex-alunos de graduação tecnológica, nove estão empregados. Em três anos, em média, finalizam o curso. E muito antes de concluir o ensino superior, eles já têm a oportunidade de se colocar no mercado de trabalho. Em Goiás, temos muitas oportunidades na região de Goiânia e municípios circunvizinhos e nas regiões de Rio Verde, Catalão e Itumbiara.”
LOC.: Bonatto cita ainda que atividades como manutenção industrial, manutenção mecânica e elétrica, química e automação industrial são garimpadas pelo setor industrial.
Na avaliação da professora e diretora de Políticas e Regulação do Instituto Federal de Santa Catarina, Joelma Kremer, o Brasil tem “grande potencial” para oferta de educação profissional e tecnológica, mas pondera que é preciso investir antes de tudo na formação de base. A especialista julga que a melhoria da educação brasileira, especialmente da educação profissional e tecnológica, deve começar pelo “reconhecimento da importância da profissionalização da sociedade para além da educação superior”.
TEC./SONORA.: Joelma Kremer, professora e diretora de Políticas e Regulação do Instituto Federal de Santa Catarina
“A educação precisa ser um compromisso de todos. Não há sociedade no mundo onde todos tenham ensino superior. E nas que alcançam níveis bastante altos, como é o caso da Coreia do Sul, outros problemas emergem porque há postos de trabalho e demandas que não são atendidas por profissionais com educação superior. Valorizar os trabalhadores técnicos, reconhecendo sua importância social e econômica, é um bom caminho para o crescimento econômico do Brasil.”
LOC.: O diretor de Educação e Tecnologia do SESI/SENAI Goiás, Claudemir Bonatto, pontua que a área de Tecnologia da Informação e Comunicação é uma das atividades com melhores oportunidades em termos de geração de emprego nos próximos anos. Acrescenta ainda que “todas as indústrias e atividades econômicas demandam profissionais com essa competência, não somente para implantar as inovações da indústria 4.0 como também para servir de referência para as soluções digitais dessa tendência global”.
Claudemir Bonatto cita ainda uma abordagem educacional que tem revolucionado a aprendizagem em sala de aula. Conhecida como STEAM - sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, essa metodologia proporciona ao estudante assimilar de forma integrada conhecimentos de diferentes áreas, em projetos multidisciplinares. Para Bonatto, a educação STEAM será o “grande diferencial para formação de alunos campeões e profissionais e empreendedores da indústria do futuro”.
Com a colaboração de Tácido Rodrigues, reportagem, Marquezan Araújo