LOC.: Durante o período gestacional, é comum surgirem dúvidas sobre o que grávidas podem ou não comer. Diante desse novo cenário, é preciso reorganizar hábitos alimentares, já que a mulher agora está não está nutrindo apenas seu organismo, como também o de uma nova vida em formação.
Entre as recomendações indicadas, as principais são incluir o consumo de frutas, legumes e verduras diariamente e evitar alimentos ultraprocessados. A nutricionista especializada em materno infantil, Patrícia Campos, explica como alimentos em específico são essenciais durante a gestação devido às suas altas concentrações de nutrientes.
TEC./SONORA: Patrícia Campos, nutricionista especializada em materno infantil
“Dentro deles, podemos ressaltar alguns principais, como o ovo, que contém a colina que ajuda na formação do tubo neural, e no desenvolvimento vascular da placenta. As frutas cítricas como laranja, tangerina, limão, morango, goiaba, tomate que são fontes de vitamina C, antioxidantes e atuam na redução dos metais pesados e também na absorção do ferro, contribuindo para a prevenção da anemia. As oleaginosas, ricas em magnésio, atuam na prevenção do pré-eclâmpsia, cãibras, paralisia cerebral, diabetes, hipertensão gestacional”.
LOC.: Segundo a nutricionista, evitar alimentos prejudiciais para a saúde, como refrigerantes, macarrão instantâneo e doces é essencial para o desenvolvimento do feto e saúde da mãe, já que evita doenças como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia. A bancária e moradora da cidade do Riacho Fundo, em Brasília, Flavia Braga explica que buscou atendimento médico para mudar a alimentação já que estava preocupada com o risco de desenvolver diabetes gestacional.
TEC./SONORA: Flavia Braga, gestante, 26 anos, bancária, Brasília.
“Tinha predisposição para diabete, minha mãe é diabética E a minha glicemia antes de engravidar já estava alta. Cortei quase todo doce e refrigerante pra não ter risco de diabete gestacional. Cortando esses alimentos todos meus outros exames ficaram com taxas boas.”
LOC.: A situação foi diferente para a comerciante Joana dos Santos, que mora na cidade de Ceilândia, também em Brasília. Em 2009, ela conta que passou por uma gravidez de risco.
TEC./SONORA: Joana dos Santos, 46 anos, comerciante, Brasília.
“Então, durante a minha gravidez, a segunda gravidez, eu não tive muito cuidado com a minha alimentação. Então, era excesso de margarina, de sal na comida, biscoitos (industrializados). Isso levou ao que eu tive, pré-eclâmpsia e pressão alta”.
LOC.: Por conta da pré-eclâmpsia, Joana explica que o bebê nasceu prematuro, com 7 meses e pesando apenas um quilo, mas se desenvolveu bem e é saudável. Hoje, ela conta que não pode mais engravidar devido à hipertensão.
Reportagem, Nathália Guimarães.