LOC.: Na casa de três quartos onde mora, em Brasília, o médico Washington Ferreira tem uma conta a menos para se preocupar: a de energia elétrica. Há dois anos ele investiu R$ 23 mil na instalação de painéis de energia fotovoltaica e a conta, que custava cerca de R$ 500 mensais, caiu para o mínimo: R$ 116.
TEC/SONORA: médico Washington Ferreira
“Pelos cálculos, em cerca de cinco anos ele se pague. Para mim está valendo muito a pena e a minha perspectiva é que logo o investimento já terá sido pago e eu vou usufruir do lucro aí para frente.”
LOC.: E não é só o Washington que está animado, o setor também está otimista para o próximo ano. Segundo as projeções feitas pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) os novos investimentos gerados pelo setor fotovoltaico devem ultrapassar os R$ 38,9 bilhões. Isso inclui usinas de grande porte e os pequenos e médios sistemas em telhados, fachadas e terrenos, como o que o médico instalou na casa dele.
A expectativa da ABSOLAR é que o setor gere mais de 280 mil novos empregos em 2024, em todas as regiões do país. Além de arrecadação de mais de R$ 11,7 bilhões aos cofres públicos, como explica a vice-presidente do conselho de administração da ABSOLAR, Bárbara Rubim.
TEC/SONORA: Bárbara Rubim, vice-presidente do conselho de administração da ABSOLAR
“A medida que o setor cresce, cresce a economia de maneira geral, e a economia local é muito favorecida, por que a energia solar, sobretudo na forma distribuída e descentralizada — que são esses telhados que a gente vê em comércios, casas e propriedade rurais — ele permite que o consumidor transforme o custo que ele teria com energia elétrica em consumo direto.”
LOC.: Pela projeção, em 2024 serão adicionados mais de 9,3 gigawatts (GW) de potência instalada, chegando a um total acumulado de mais de 45,5 GW, o equivalente a mais de três usinas de Itaipu.
Reportagem, Lívia Braz