Tanto o dólar quanto o euro sofreram leve queda no último pregão e estão cotados a R$ 5,43 e R$ 5,81, respectivamente. Apesar do recuo, o patamar é observado após altas consecutivas nas últimas semanas. Com a permanência da taxa de juros americana em nível considerado elevado, há saída de capitais de países emergentes, como o Brasil.
Já os fatores internos que mais desfavorecem o real estão relacionados à responsabilidade fiscal do governo e à capacidade de cumprimento da meta de déficit zero estabelecida. O não cumprimento da meta do arcabouço fiscal coloca em xeque a performance da economia.
Existem disputas entre os Poderes Executivo e Legislativo, e o governo federal tem sofrido derrotas constantes em matérias que poderiam elevar a sua arrecadação. Há uma piora da sensação de risco e o governo se vê obrigado a estimular cortes de gastos. Os ministros Fernando Haddad, da Fazenda, e Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, já sinalizaram possíveis medidas nesse sentido.
Com a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que decidiu o novo patamar da Selic, também houve tensão. A taxa básica de juros foi mantida no mesmo patamar, a 10,50% ao ano.
As cotações são da companhia Morningstar.