TEC./SONORA: Phillipe Martins, empreendedor
“Mais ou menos para setembro de 2019, eu comecei a me sentir muito mal: cansado, com fadiga, dor de cabeça. Eu tentava sair na rua, mas eu andava, eu tinha vertigem, parecia que eu estava com labirintite, porque eu tentava andar, eu não conseguia focar e ficava tonto, caía e tudo mais. Foi horrível! Até que um dia eu passei muito mal e minha mãe me levou no hospital”.
LOC.: Esse foi o relato do empreendedor Phillipe Martins de como descobriu que sofria de hipertensão e refluxo valvar. Com histórico de cardiopatia na família, o empresário descobriu sua condição cedo o suficiente para não fazer parte de uma triste realidade. Segundo a Organização Mundial da Saúde, doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo. Esse cenário também se repete no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde. Todos os anos, milhares de brasileiros vão a óbito em decorrência de doenças como hipertensão, AVC, infarto, aneurisma de aorta, doença das artérias carótidas, doença das artérias renais, ou obstruções das artérias que irrigam as pernas, dentre outras.
Para o médico cardiologista Leandro Valim, isso destaca a importância de se debater o assunto.
TEC./SONORA: Leandro Valim, médico cardiologista
“Eu sei que esse é um assunto desagradável mas é muito importante falar sobre ele porque ele tem impacto na vida da população todos os dias. E como causas, a gente pode falar como as doenças cardiovasculares são multifatoriais, ou seja, tem vários fatores de risco que quanto maior número desses fatores associados, maior a chance da pessoa desenvolver essa doença”.
LOC.: O Ministério da Saúde alerta quanto aos principais fatores de risco que ajudam no desenvolvimento de doenças cardiovasculares: o tabagismo, o colesterol em excesso, hipertensão, obesidade, estresse, depressão e diabetes. Os diabéticos, informa o ministério, têm duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto. E quanto mais causas se associarem, maior o risco de se desenvolver esses tipos de doenças.
Sinais como dor ou desconforto no centro do peito, nos braços, ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas, podem ser um indício de ataque cardíaco. Além disso, a pessoa pode ter dificuldade em respirar ou falta de ar; sensação de enjoo ou vômito; sensação de desmaio ou tontura; suor frio; e palidez. Mulheres são mais propensas a apresentar falta de ar, náuseas, vômitos e dores nas costas ou mandíbula, indica o Ministério da Saúde.
Valim ressalta que a prevenção segue sendo a melhor forma de tratar as enfermidades que atingem o coração.
TEC./SONORA: Leandro Valim, médico cardiologista
"Para prevenção das doenças cardiovasculares, é fundamental combater os fatores de risco. E para isso, o principal passo é fazer uma modificação do estilo de vida, ou seja, adotar um estilo de vida mais saudável, com atividade física regular, com alimentação balanceada, controle do peso – acaba contribuindo para redução da pressão –, melhor do controle do diabetes, controle do colesterol, tomar os medicamentos quando necessário, fazer acompanhamento e check-ups regulares. Tudo isso é muito importante para evitar que aquelas doenças todos aconteçam" .
LOC.: O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento integral e gratuito para a prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares.
Reportagem, Álvaro Couto.