LOC.: Os brasileiros endividados que pretendem aderir ao programa de renegociação de dívidas do governo devem ficar atentos. Antes de fazer qualquer acordo com as instituições financeiras, é importante analisar todas as condições ofertadas para aceitar a proposta que caiba no seu orçamento.
O economista Aurélio Trancoso explica que o Desenrola Brasil pode até ajudar ao "limpar o nome" das pessoas que estão inadimplentes junto aos bancos, às lojas e ao SPC e Serasa. Mas ressalva que isso pode ser um problema para quem não puder quitar as dívidas.
TEC./SONORA: economista Aurélio Trancoso
“A ideia é que quem tem uma dívida bancária de até 100 reais, por exemplo, automaticamente já tenha o nome retirado da negativação, só que a pessoa não vai deixar de pagar aqueles 100 reais, ele vai ser divido para pagar até o final do ano e vai ter juros em cima de 2%, praticamente”.
LOC.: Para o economista e professor de Pós-Graduação em Política Social da UnB, Evilasio Salvador, o cuidado maior é com a formação de novas dívidas.
TEC./SONORA: economista e professor do programa de Pós-Graduação em Política Social da UnB, Evilasio Salvador
“A pessoa tem que fazer uma renegociação que caiba no seu orçamento e ter uma educação financeira buscando equilibar o seu orçamento entre receitas e despesas. O fato de fazer dívida e parcelamento sempre vai ser uma condição necessária para quem vive abaixo da renda no Brasil, mas é preciso tomar cuidado com as taxas de juros e garantir a renda futura e se preocupar em continuar trabalhando, se tem um emprego com algum tipo de segurança”.
LOC.: O governo federal tem alertado a população para que não caia em golpes quando forem renegociar dívidas com os bancos através do programa Desenrola Brasil. A orientação oficial é falar diretamente com o banco onde está a dívida utilizando exclusivamente os canais oficiais das instituições financeiras ou buscando atendimento diretamente nas agências. Se o cliente desconfiar de alguma proposta ou do valor, a recomendação é entrar em contato com o banco através dos canais oficiais.
Reportagem, Lívia Azevedo