Data de publicação: 14 de Novembro de 2022, 04:00h, atualizado em 11 de Novembro de 2022, 23:36h
LOC.: Um estudo escocês publicado na revista Nature Communications, com quase 100 mil participantes, reforça que a Covid longa pode deixar sequelas duradouras ou até permanentes em pessoas que se infectaram. A condição afeta quem contraiu o coronavírus e permaneceu com alguma manifestação da doença por pelo menos 60 dias.
Segundo a pesquisa, a cada 20 pessoas uma não se recuperou totalmente entre seis e 18 meses após a infecção. E 42% se recuperaram somente parcialmente. Os pesquisadores sugerem que os efeitos de longo prazo da Covid-19 são praticamente improváveis em quem apresentou a doença de forma assintomática.
No começo de 2021, a advogada Caroline Matos, de 23 anos, foi infectada pelo vírus causador da Covid-19. Meses após a infecção, as sequelas da doença continuaram.
TEC./SONORA: Caroline Matos, advogada.
“Me vacinei, mas passado alguns meses comecei sentir algumas sequelas, que foram queda de cabelo, perda de memória. Fiquei sem memória nenhuma e me atrapalhou muito no trabalho. Fiz até acompanhamento com neurologista, mas me disse que realmente era sequela, que muitos estavam indo no consultório com isso.”
LOC.: Os sintomas da Covid longa podem ser dores articulares, perda de olfato e paladar, acidente vascular cerebral, tosse e diabetes.
Segundo a infectologista Ana Helena Germoglio, as manifestações a longo prazo dependem do tipo de acometimento da doença.
TEC./SONORA: Ana Helena Germoglio, infectologista.
“Pacientes que evoluem para a forma grave, tendem a ter sintomas pós-covid por mais tempo. Mesmo os pacientes que não têm a forma grave, podem evoluir com os sintomas a longo prazo. Por exemplo, inflamação cardíaca, alterações neurológicas, alteração de memória, trombos, vasculites. Qualquer órgão do nosso corpo pode ser afetado pela Covid, inclusive a pele.”
LOC.: Nesta primeira quinzena de novembro, o Brasil registrou a primeira morte pela nova cepa do coronavírus, a subvariante BQ.1, na cidade de São Paulo. A vítima era uma mulher de 72 anos que, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, ficou sete dias internada e apresentava diversas comorbidades.
Segundo o Ministério da Saúde, até agora mais de 100 milhões de brasileiros já tomaram a primeira dose de reforço e mais de 35 milhões já se vacinaram com a segunda dose de reforço. As vacinas estão disponíveis nos mais de 48 mil postos de vacinação em todo o Brasil.