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Para tentar conter a entrada da nova variante da Covid-19, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma orientação para ajudar nas decisões do governo brasileiro referentes à entrada de viajantes no país e restrições de voos. Segundo recomendação do órgão, devem ser elaboradas medidas restritivas de caráter temporário em relação aos voos e viajantes procedentes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
De acordo com o diretor presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, é muito difícil impedir completamente a transmissão, mas “as restrições de voo permitem que, se ocorrer, a disseminação se dê de maneira mais lenta enquanto progridem os estudos para melhor compreensão do poder de induzir doenças dessa nova variante. Então, as restrições de voos de países com novas variantes, são medidas coadjuvantes àquelas não-farmacológicas que todo cidadão pode adotar”, afirmou.
Como está na lei, compete à Anvisa emitir manifestação técnica fundamentada para colaborar com as decisões interministeriais sobre eventuais restrições para ingresso no território brasileiro. Isso porque essa nova variante da Covid-19 - que recebeu o nome de Ômicron, uma letra do alfabeto grego - foi descoberta na África do Sul e já foi foi classificada como "variante de preocupação" (VOC) pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Agora, para começar a valer, a medida depende que a Casa Civil da Presidência da República edite uma portaria em conjunto com o Ministério da Saúde, Ministério da Infraestrutura e pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Além disso, a Anvisa restabeleceu, o sistema do formulário da Declaração de Saúde do Viajante (DSV). Isso significa que viajantes que tenham embarque em voos com destino ao Brasil, precisam comprovar o preenchimento da DSV, como determinado pelo Governo Federal em outubro de 2021.
De acordo com o médico infectologista do Hospital das Forças Armadas de Brasília (HFA), Hemerson Luz, é preciso que o país se prepare para lidar com essa nova situação pandêmica. “O mundo todo está preocupado com essa variante que foi encontrada no sul do continente africano. O Brasil também tem que estar preparado, mas estamos progredindo muito bem com a vacinação, diferente dos países onde essa variante foi identificada. Devemos estar preocupados e manter todas as medidas de distanciamento, continuar higienizando as mãos e observar o que vai acontecer no cenário mundial da pandemia”, avaliou.
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Ainda nesta sexta-feira (26), a Anvisa recebeu pedido de uso emergencial do molnupiravir, medicamento para combate à Covid-19, que foi apresentado pela empresa Merck Sharp & Dohme. A empresa afirma que, quando administrado no início da infecção, o medicamento “tem a capacidade de reduzir casos de hospitalização e mortes". Esses dados serão revisados pela Anvisa que, segundo o diretor presidente, Antonio Barra Torres, a agência tem um trabalho de análise “bastante rigoroso e detalhado para que possam ser oferecidos sempre produtos de qualidade, segurança e eficácia.”
O Brasil registrou mais 12.392 casos e 315 óbitos por Covid-19, nas últimas 24h, de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, mais de 22.067.630 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus.
O Rio de Janeiro ainda é o estado com a maior taxa de letalidade entre as 27 unidades da federação: 5,15%. O índice médio de letalidade do País está em 2,8%.
Os números têm como base o repasse de dados das Secretarias Estaduais de Saúde ao órgão. Acesse as informações sobre a Covid-19 no seu estado e município no portal brasil61.com/painelcovid.
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