LOC.: Para tentar conter a entrada da nova variante da Covid-19, no Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou uma orientação para ajudar nas decisões do governo brasileiro referentes à entrada de viajantes no país e restrições de voos. Segundo recomendação do órgão, devem ser elaboradas medidas restritivas de caráter temporário em relação aos voos e viajantes procedentes da África do Sul, Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia e Zimbábue.
De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, é preciso adotar medidas de combate ao vírus.
TEC./SONORA: Antonio Barra Torres, diretor presidente da Anvisa
“É muito difícil impedir completamente a transmissão, mas as restrições de voo permitem que, se ocorrer, a disseminação se dê de maneira mais lenta enquanto progridem os estudos para melhor compreensão do poder de induzir doenças dessa nova variante. Então, as restrições de voos de países com novas variantes, são medidas coadjuvantes àquelas não-farmacológicas que todo cidadão pode adotar.”
LOC.: Como está na lei, compete à Anvisa emitir manifestação técnica fundamentada para colaborar com as decisões interministeriais sobre eventuais restrições para ingresso no território brasileiro. De acordo com o médico infectologista do Hospital das Forças Armadas de Brasília, Hemerson Luz, é preciso que o país se prepare para lidar com essa nova situação pandêmica.
TEC./SONORA: médico infectologista do Hospital das Forças Armadas de Brasília, Hemerson Luz
“O mundo todo está preocupado com essa variante que foi encontrada no sul do continente africano. O Brasil também tem que estar preparado, mas estamos progredindo muito bem com a vacinação, diferente dos países onde essa variante foi identificada. Devemos estar preocupados e manter todas as medidas de distanciamento, continuar higienizando as mãos e observar o que vai acontecer no cenário mundial da pandemia.”
LOC.: Ainda nesta sexta-feira, 26 de novembro, a Anvisa recebeu pedido de uso emergencial do molnupiravir, medicamento para combate à Covid-19, que foi apresentado pela empresa Merck Sharp & Dohme. A empresa afirma que, quando administrado no início da infecção, o medicamento tem a capacidade de reduzir casos de hospitalização e mortes. Esses dados serão revisados pela Anvisa.
O Brasil registrou mais 12.392 casos e 315 óbitos por Covid-19, nas últimas 24h, de acordo com o balanço mais recente do Ministério da Saúde. Desde o início da pandemia, mais de 22.067.630 milhões de brasileiros foram infectados pelo novo coronavírus.