Data de publicação: 28 de Abril de 2022, 01:41h, atualizado em 04 de Novembro de 2022, 15:10h
LOC: Quem sofre com problemas de saúde, tem pressa. As soluções muitas vezes dependem de pesquisas e, no Brasil, os processos de aprovação ética e técnica demoram muito tempo. Em decorrência disso, as empresas que investem em pesquisa, pouco aplicam recursos no Brasil. Apesar do grande potencial do país por conta da diversidade étnica e das diferentes doenças que ocorrem por aqui, o Brasil não recebe nem 0,2 por cento do valor destinado à pesquisas no mundo. Para tentar mudar essa realidade, o plenário da Câmara dos Deputados deve votar o projeto de lei que atualiza o modelo de aprovação das pesquisas médicas no Brasil. É isso que espera o relator da proposta, o deputado Hiran Gonçalves , do PP de Roraima, que também é médico.
TEC./SONORA: deputado Hiran Gonçalves, do PP de Roraima
“Nós esperamos que ele seja aprovado o mais rápido possível porque ele cria um marco legal assim muito semelhante com os países do mundo onde se faz mais pesquisa clínica: países europeus, países dos BRICS, Estados Unidos. Porque nós temos dificultado o acesso de pessoas que têm doenças raras, câncer de tratamento, patologias de difícil tratamento porque há uma dificuldade de se trazer investimento na pesquisa porque nós temos prazos muito longos”
LOC: Atualmente existem dois estágios éticos e dois estágios técnicos para a aprovação de pesquisas na área de saúde envolvendo pessoas. Pela proposta, será apenas um estágio técnico e um estágio ético. Além disso, há prazos determinados para as análises que envolvem comitês de pesquisa das diferentes instituições e da Anvisa, que respondem pela parte técnica. Quando a pesquisa for de interesse do SUS, os prazos devem cair pela metade.
Quem quiser participar das pesquisas deve dar um termo expresso manifestando consentimento livre e esclarecido, ou seja, o participante deve estar ciente de todos os riscos. Não é permitido receber benefício financeiro em troca da colaboração com a pesquisa. Os testes em pessoas só ocorrem após a aprovação ética e técnica pela Anvisa.
No último dia 18, os deputados aprovaram um requerimento para que a proposta seja apreciada com urgência pelo Plenário da Câmara. Depois disso, o texto ainda vai precisar voltar ao Senado Federal.
Reportagem, Angélica Cordova