LOC.: Os estados brasileiros estão cada vez mais sentindo os impactos das mudanças climáticas. Nos primeiros seis meses de 2024, cerca de 300 municípios registraram situação de emergência em função do clima. A seca e a baixa umidade do ar, por exemplo, atingiram com maior intensidade estados como Piauí e Minas Gerais. Os dados estão no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID) do Ministério do Desenvolvimento e Integração (MIDR). O consultor e analista de Safras e Mercado Fernando Luís Fernando Gutierrez diz que as questões climáticas afetaram várias produções no Brasil e destaca os problemas com a soja que, segundo ele, é o carro-chefe da produção agrícola brasileira.
TEC./SONORA: Luis Fernando, Safras
“A questão climática é a principal questão da produção agrícola. Sem um clima bom, a gente não consegue produzir, a gente tem perdas e tudo mais. Então, é importante a gente cuidar da questão climática, porque principalmente anos de seca a gente tem grandes perdas produtivas e grandes perdas financeiras, obviamente. Então, é importante ficar atento a isso.”
LOC.: Só na Região Norte, os efeitos negativos causados pela seca já afetaram mais de 900 mil pessoas e causaram – até 17 de julho – prejuízos econômicos de mais de R$ 1,1 bilhão, aponta a Confederação Nacional dos Municípios (CNM). E para os próximos dias o cenário não muda muito. O meteorologista do Inmet Heráclio Alves diz que a chuva deve ficar abaixo da média e o tempo quente vai persistir, causando preocupação em algumas regiões.
TEC./SONORA: Heráclio Alves, Inmet
“Nessas localidades as temperaturas deverão ficar mais elevadas, destaque para o Pará e o Amazonas, além do Tocantins, onde a máxima poderá chegar na casa dos 37 graus e com poucas chances de chuva nos próximos dias. A umidade nessas localidades também deverá ficar variando aí pela manhã na casa dos 85%, mas no período da tarde, por conta da atuação dessa massa de ar, a umidade pode chegar a ficar abaixo dos 20% em algumas localidades.”
LOC.: De acordo com o meteorologista, nas regiões Centro-oeste, Rondônia, áreas do sul do Amazonas, grande parte do Pará, Tocantins, sul do Maranhão, do Piauí, além do oeste da Bahia e Sudeste a previsão é que a massa de ar atue com mais intensidade. O cenário é o mesmo no oeste de Minas Gerais, de São Paulo e em áreas do norte do Paraná.
Reportagem, Lívia Azevedo