Mais de 38 mil postos de vacinação estão abertos para a Campanha Nacional de Multivacinação até o dia 30 de setembro. A ação tem como objetivo aumentar a cobertura vacinal e reduzir o número de não vacinados entre crianças e adolescentes menores de 15 anos, para proteger contra as doenças imunopreveníveis e evitar a ocorrência de surtos e hospitalizações.
Algumas das vacinas disponíveis para a campanha de multivacinação são: hepatite A e B, Penta, Vacina Inativada Poliomielite, Vacina Rotavírus Humano, Vacina Oral Poliomielite, Febre amarela. A tríplice viral, que inclui sarampo, rubéola e caxumba, também está sendo aplicada, assim como a tetraviral, que engloba sarampo, rubéola, caxumba e varicela. A vacina do HPV para os adolescentes também faz parte da lista.
A hepatite B é uma doença infecciosa que provoca cansaço, dor de cabeça e de abdômen, náuseas e vômito. Em crianças, os sintomas são mais leves, porém tendem a evoluir para a cronicidade, como explica a gastroenterologista Soraia Vianna.
TEC./SONORA: Dra. Soraia Vianna, gastroenterologista do Hospital Santa Marta
“É de grande importância, uma vez que esse vírus, ele pode causar lesões crônicas do fígado, que é a cirrose. E também ele é chamado também de vírus carcinogênico, que ele pode causar câncer no fígado mesmo antes do paciente ter cirrose”.
LOC.: A vacina contra hepatite B deve ser aplicada nas primeiras horas após o nascimento, com garantia de proteção entre 80 e 100%. A aplicação é feita com um injeção e as doses de reforço estão presentes na vacina pentavalente.
O Ministério da Saúde promoveu um dia de combate ao sarampo junto com os serviços de saúde de estados e municípios, o Dia S, na terça-feira (13). O objetivo foi reforçar as medidas contra a doença em todo o país, e identificar casos suspeitos de sarampo ou rubéola. O sarampo é uma doença altamente contagiosa, e a transmissão acontece por meio das secreções respiratórias, segundo o infectologista Victor Bertollo.
TEC./SONORA: Victor Bertollo, infectologista do Hospital Anchieta
“É de maneira muito semelhante à transmissão da covid-19. Mas a diferença é que o sarampo, ele é mais transmissível que a covid. Ele pode ficar no ar por tempo mais prolongado, principalmente em ambientes fechados, né? Por exemplo, uma pessoa entra no ambiente, expele vírus ali naquela região, ela sai do ambiente, mas o vírus que pode continuar suspenso ali infecta outras pessoas que entre no ambiente depois”.
LOC.: Segundo o médico, para conter a transmissão do sarampo, é necessário um grande percentual de pessoas imunizadas, por isso a cobertura vacinal é importante.
A vacina contra o sarampo deve ser aplicada, a princípio, dos 12 meses aos 15 meses de idade. Adolescentes e adultos não vacinados também podem tomar a vacina, basta procurar um posto de saúde.
Reportagem, Nathália Guimarães.