Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Banco Mundial e IBGE desmentem Marina: pobreza caiu com Bolsonaro

Dados do IBGE e do Banco Mundial desmentem a ministra Marina Silva e revelam que número de pobres e desempregados diminuíram durante governo Bolsonaro

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Na semana passada, o nome do Brasil esteve no meio de uma confusão, causada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela assustou o mundo ao afirmar que mais de 120 milhões de brasileiros passam fome no país. Ou seja, quase a metade da população. 

A declaração aconteceu no dia 16 de janeiro, durante o Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos – na Suíça. 

No dia seguinte, a ONU (Organizações das Nações Unidas) divulgou relatório esclarecendo que o Brasil possui cerca de 9 milhões de pessoas que não têm o que comer – ou seja, bem menos do que os 120 milhões alarmados por Marina. Constrangida, mesmo assim a Ministra do Meio Ambiente não deu o braço a torcer, exibindo os números repetidos pelo presidente Lula, na campanha eleitoral do ano passado, de que o Brasil teria  33 milhões de pessoas passando fome.

IBGE

Para piorar a situação, no dia seguinte os novos números de Marina caíram outra vez em descrédito, na comparação feita por analistas, com os dados do Banco Mundial e, também, pela mais recente pesquisa do IBGE. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (entidade vinculada ao Ministério da Economia) o desemprego no Brasil caiu para 8,1% – na medição de novembro do ano passado. Sendo, portanto, a menor taxa de desemprego, nos últimos 7 anos.

A pesquisa divulgada pelo IBGE mostra ainda que, no final do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a população desempregada diminuiu em 953 mil pessoas, em comparação ao trimestre anterior, numa queda de 9,8%.

Veja o quadro:

Banco Mundial

Na mesma linha do IBGE, os dados do Banco Mundial demonstram que a extrema pobreza no Brasil no ano de 2020 caiu para o patamar mais baixo da série histórica dessas medições, iniciadas em 1980. Segundo esses dados, os brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza, considerada o marco básico para a medição da fome, caíram para menos de 2% da população — o que equivale a cerca de 4 milhões de pessoas. 

O Banco Mundial é considerado por especialistas no assunto uma das autoridades públicas mais confiáveis, na avaliação de questões ligadas à extrema pobreza. Conforme o relatório do Banco, em relação a 2019, mais de 7 milhões de brasileiros saíram da miséria. De 2020 para 2022, o número caiu ainda mais, por causa do pagamento do “Auxílio Brasil”, de R$ 400 por mês. 

Desencontro de Ministros

De acordo com o cientista político André Rosa, os recentes desencontros nas falas de ministros do governo Lula podem atrapalhar o crescimento do país. Segundo ele, o aumento do nível de emprego revelado pelo IBGE reflete ainda ao governo anterior. “É muito cedo para dizer que o governo Lula tem participação direta em qualquer aumento percentual de ocupação”, afirmou André Rosa, especialista em Relações Governamentais, com  mestrado em Psicologia Política.

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LOC.: Na semana passada, o Brasil esteve no meio de uma confusão, causada pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Ela disse que mais de 120 milhões de brasileiros passam fome. A declaração foi no dia 16 de janeiro, durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos – na Suíça. A ministra diminuiu o número no dia seguinte: falou em 33 milhões.

Poucos dias depois, a ONU divulgou um relatório esclarecendo que o Brasil possui cerca de 9 milhões de pessoas passando fome. Envergonhada, mesmo assim Marina não deu o braço a torcer.

Na mesma semana, analistas compararam os números divulgados pela Ministra do Meio Ambiente do Brasil com os dados do Banco Mundial.

Ao mesmo tempo, foi divulgada a mais recente pesquisa do IBGE, revelando que, no final do governo Bolsonaro, a população desempregada no Brasil diminuiu 953 mil pessoas, em comparação ao trimestre anterior.

Na mesma linha do IBGE, os dados do Banco Mundial mostram que a extrema pobreza no Brasil, em 2020, caiu para o patamar mais baixo da série histórica das medições, iniciadas em 1980. Conforme o relatório do Banco, em relação a 2019, mais de 7 milhões de brasileiros saíram da miséria. 

Para o cientista político André Rosa, os recentes desencontros nas falas de ministros do governo Lula podem atrapalhar o crescimento do país. Mestre em Psicologia Política e Especialista em Relações Governamentais, o especialista entende que o aumento do nível de emprego no Brasil - revelado pelo IBGE - ainda reflete o trabalho desenvolvido pelo governo anterior.

TEC/SONORA: cientista político André Rosa

“Qualquer reflexo em termos de aumento de nível de emprego reflete ao governo anterior. Ainda é muito cedo para dizer que o governo Lula tem participação direta em qualquer aumento percentual de ocupação. Na realidade, houve muitos desencontros de falas que estremeceram o mercado, de ministros que estavam desarticulados com a Casa Civil. Ou seja, como revogação da reforma trabalhista e outros itens mais polêmicos. Então, na realidade, os dados do IBGE ilustram ainda um resultado da equipe econômica do governo anterior.”


LOC.: O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (o IBGE) é vinculado ao Ministério da Economia. A entidade revelou que, em novembro do ano passado, a taxa do desemprego no Brasil caiu para 8,1% - foi a menor taxa de desemprego dos últimos 7 anos.

Reportagem, José Roberto Azambuja