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Goiás apresentou um crescimento de 10% na atividade econômica em novembro de 2023, em comparação com o mesmo mês de 2022. No mesmo período, o crescimento nacional foi de 2,2%. Os dados são do levantamento Índice de Atividade Econômica (IBCR), uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), publicado pelo Banco Central (BC). O IBC-Br é composto por dados das atividades industriais, de serviços e agropecuária.
Ainda conforme o estudo, na variação mensal com ajuste sazonal — em comparação entre os meses de novembro e outubro de 2023 — o estado apresentou um crescimento de 4,1%, diante da alta nacional de 0,01%. Goiás alcançou o melhor resultado do país entre os demais estados.
No acumulado do ano, a atividade econômica do estado também apresentou crescimento de 5,6%, contra 2,4% de crescimento nacional. Goiás alcançou a segunda posição no ranking, ficando atrás somente do Paraná. O diretor-executivo do Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), Erik Figueiredo, explica que a participação da industrial goiana desenvolveu um papel importante sobre o crescimento econômico apontado pelo BC.
“A PIM (Pesquisa Industrial Mensal) mostra que Goiás, no interanual, cresceu 16,6% na produção industrial. No acumulado do ano, cerca de 5%, enquanto o Brasil só cresceu 0,1%. Então, chama muita atenção o desempenho da indústria, além, claro, do tradicional agro, com um crescimento na casa de 12%, 13% no ano. Nós temos serviços na casa de 7% e o comércio ainda muito próximo a 1%. Então nós temos um conjunto de indicadores robustos que explicam esse crescimento do estado de Goiás e esse desempenho em 2023”, destaca.
O diretor-executivo do IMB ainda completa que a aceleração da indústria contribui para a evolução da produtividade de empregos em Goiás.
“A participação da indústria no PIB se manteve estável no estado por muito tempo e a partir de 2019, você tem uma mudança nesse ciclo, uma mudança de tendência e uma aceleração na indústria goiana. E isso deve ser comemorado porque você tem ali os maiores salários pagos na indústria em Goiás. Você tem também uma maior qualidade, maior produtividade de emprego nessa atividade”, diz.
Conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), para 2024 a expectativa é que o valor adicionado (VA) do setor agropecuário recue 3,2%. A previsão leva em conta os dados Prognóstico de Safra, divulgados pelo IBGE.
Com estimativas de queda para o agronegócio brasileiro em 2024, o estado está se preparando para contornar os eventuais impactos sofridos pelo setor, como ressalta Figueiredo.
“Já estamos trabalhando o crescimento goiano de 2024 desde do final do ano 2023. Sabemos que o estado tem que trabalhar de mãos dadas com a iniciativa privada para que o crescimento ele se dê de uma forma mais natural. O IBGE lançou recentemente uma previsão sobre a produção agrícola. Nós estamos acompanhando isso muito perto, vendo quais seriam os eventuais impactos sobre o agro de Goiás e já tomando ações que possam minorar esses efeitos. Então, nossa expectativa é de manter esse crescimento em 2024. E estamos atentos em que o estado pode fazer para melhorar o ambiente de negócios em Goiás”, afirma.
Segundo o IBGE, entre as principais culturas são esperadas quedas de 9,5% na produção de milho 5,4%; na produção de cana-de-açúcar e 4,4% na produção de algodão. Entretanto, soja e café devem apresentar um crescimento de 0,6% e 8,4% respectivamente.
Crescimento de Goiás deve chegar a 6%, quase o dobro da média nacional que deve ser de 3,3%
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