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A chegada do 5G promete uma revolução em diversos setores, como educação, agro e mineração. Mas é na indústria de energia renovável que o Rio Grande do Norte está de olho. A novidade tem tudo para mudar a produção de energia eólica no estado potiguar.
Segundo Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento energético do Governo do Estado, a chegada do 5G, em primeiro lugar, vai promover a democratização do acesso à internet, podendo chegar a mais pessoas, mesmo nos municípios mais distantes. Ele destaca, no entanto, que a nova geração de comunicação móvel vai trazer outros benefícios específicos para cada estado, como é o caso da energia renovável no Rio Grande do Norte.
“A indústria voltada à energia precisa muito do 5G. O estado hoje é o maior produtor de energia eólica e a maioria tem aerogeradores que trabalham muito com análise de dados, informações e telemetrias. Com o acesso ao 5G, principalmente expandindo para a região do interior do estado, onde tem a quantidade maior de usinas em operação, vai melhorar a conexão desses parques, com dados em tempo real”, explica Hugo.
Em tempos de crise energética por causa da baixa no nível dos reservatórios, o Rio Grande do Norte tem todas as ferramentas para apostar em energias renováveis e contornar o problema. O estado tem o maior complexo eólico do país, com mais de 200 parques eólicos em operação. O mais recente foi construído em São Miguel do Gostoso, onde operam 49 aerogeradores em uma área de 300 hectares. Além de ajudar a solucionar a crise elétrica, esse projeto, sozinho, vai evitar a emissão de mais de 543 mil toneladas de CO² na atmosfera.
O deputado federal Vitor Lippi (PSDB/SP), que foi relator do Grupo de Trabalho da Câmara dos Deputados destinado a acompanhar a implementação da tecnologia no país, destaca alguns dos setores que vão evoluir com a tecnologia que tem uma velocidade maior e tempo de latência (ou atraso) menor que o 4G.
“O que a gente espera são essas novas funcionalidades naqueles equipamentos que precisam de altíssima velocidade e baixíssima latência. Então, isso vai ser essencial para a mineração, já temos caminhões autônomos aí nas minas, para a agricultura, onde nós temos já tratores autônomos. Teremos muitos robôs dentro das indústrias, então, todas essas questões precisam do 5G, necessariamente”, destaca Lippi.
No campo, com a tecnologia 5G, além de contar com maquinários autônomos o produtor pode, por exemplo, monitorar as culturas, medir a umidade do solo em tempo real e identificar a necessidade hídrica de uma cultura de grãos, definir parâmetros de irrigação necessários para aquele dia ou para a semana.
No setor industrial, a nova tecnologia deve otimizar os processos e causar uma revolução. Entre os ganhos possíveis estão a melhor adequação do estoque à demanda do mercado, a customização de produtos de forma ágil à necessidade dos clientes, redução de desperdício e consequentemente do custo, aumento da segurança do trabalhador por meio da realização de atividades de risco por máquinas.
Segundo o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Igor Nogueira Calvet, além de uma melhor conexão ao usuário comum, a nova tecnologia deve promover uma revolução no setor de produção.
“É uma tecnologia que veio para revolucionar uma série de coisas. Que vai nos dar uma maior velocidade, um maior tempo de resposta na transmissão de dados. Não é um impacto tão somente para o cidadão. É um impacto, creio eu, até muito maior para as empresas, porque o 5G é uma tecnologia que vai permitir a comunicação não só entre as pessoas, mas, sobretudo, entre máquinas. É máquina conversando com máquina, é máquina conversando com a infraestrutura”, explica.
Já João Emilio, superintendente de Desenvolvimento Industrial da CNI, destaca que uma das maiores mudanças diz respeito à igualdade de condições da indústria brasileira no mercado mundial. “Quando falamos em competitividade no cenário internacional, a infraestrutura adequada para o desenvolvimento da indústria 4.0 é condição primordial. Precisamos oferecer as condições básicas para termos um setor produtivo capaz de competir de igual para igual com empresas estrangeiras e ajudar na retomada da economia, na geração de empregos. Daí a importância de o Brasil priorizar e acelerar a implementação do 5G”, comentou.
O leilão do 5G é considerado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) o maior de radiofrequência da história do país. No certame, foram ofertadas quatro faixas: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Pense nessas faixas como rodovias no ar, por onde passam as ondas eletromagnéticas responsáveis pelas transmissões de TV, rádio e internet.
De acordo com o Ministério das Comunicações, o agronegócio poderá crescer até 20% ao ano com a instalação do 5G. Especialistas destacam que a tecnologia é até 100 vezes mais rápida que a geração de internet móvel atual.
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