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Ministério da Infraestrutura tem planejamento robusto de concessões para o segundo semestre

Segundo ministro Tarcísio, pandemia da Covid-19 teve pouco impacto no cronograma do órgão, que concentrou leilões no fim do ano

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O Ministério da Infraestrutura está confiante na movimentação do setor para o segundo semestre deste ano. A expectativa do Governo Federal é de que os investimentos nos empreendimentos vão estar aquecidos, mesmo com a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus. 

Em live na última segunda-feira (8), o ministro da pasta, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que o programa de concessões do governo é “bastante ousado”. “Queremos fazer coisas que nunca foram feitas no Brasil, em termos de números. Haja vista a quantidade de investimento que vamos ter em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos”. 

De acordo com o órgão, cerca de 17 mil quilômetros de rodovias serão concedidos à iniciativa privada. Entre as concessões previstas para esse ano, estão empreendimentos como a Via Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro. Em relação ao transporte ferroviário, a pasta estuda unificar licitações como estratégia para tornar as concessões mais atrativas, caso da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) e da Ferrovia Oeste-Leste (Fiol 2 e 3). 

“Isso nos proporcionaria um grande tronco Norte-Sul, vindo de Itaqui até Santos, e um grande tronco Leste-Oeste, começando em Água Boa e seguindo para Ilhéus. No futuro, este último trecho vai poder se estender até Lucas do Rio Verde”, projetou Tarcísio. 

Crise não atrapalha

Apesar da pandemia do novo coronavírus ter afetado a economia mundial, com projeções de recessão em 6% pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o ministro Tarcísio afirma que a crise terá pouco impacto no planejamento da pasta previsto para este ano. 

“Já estamos em fase adiantada na estruturação de vários desses projetos. A pandemia, por mais severa que seja, terá uma repercussão pequena nos cronogramas, porque o que nós tínhamos planejado já era a concentração desses leilões no segundo semestre”, disse. 

Segundo o engenheiro Marcos Pena, o mercado de infraestrutura no Brasil voltou a aquecer nos últimos anos. Ele acredita que o setor pode impulsionar a economia do país ou minimizar a esperada queda no Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. 

“Devido à necessidade de novas obras de  infraestruturas no país, isso demanda que mais empresas se dediquem a esse espaço, se elejam para fazer essas obras, mais serviços são feitos e mais pessoas são empregadas e isso ajuda muito o crescimento da economia do país.”

Aeroportos

O Governo Federal entende que a questão dos aeroportos envolve cautela e será a mais afetada pela pandemia. Antes da crise pelo coronavírus, estavam previstos quatro leilões no setor, alguns ainda este ano. O primeiro deles é o da 6º Rodada, que deve ser adiado para o primeiro trimestre de 2021. Nesse bloco de concessões estão 22 aeroportos de estados das regiões Nordeste, Norte, Sul e Centro-Oeste. 

Até 2022, o Ministério da Infraestrutura quer vender 43 aeroportos para a iniciativa privada. Há ainda o leilão da 7ª Rodada de concessões, do Aeroporto Internacional de Natal (RN) e do aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). 

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