Foto: Anna Shvets (Pexels)
Foto: Anna Shvets (Pexels)

Fapesp apoia desenvolvimento de filme plástico que inativa o novo coronavírus

Durante testes, a tecnologia mostrou ser capaz de eliminar 79,9% de partículas do SARS-CoV-2 em três minutos e 99,99% em até 15 minutos

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Aquele filme plástico de PVC transparente, que pode ser esticado para embalar alimentos, como carnes, frutas e frios, e para proteção de superfícies é capaz de inativar o novo coronavírus. Testes conduzidos no laboratório de biossegurança de nível 3 (NB3) do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), revelaram que o material é capaz de eliminar 79,9% de partículas do SARS-CoV-2 em três minutos e 99,99% em até 15 minutos.


Esse filme plástico é um pouco diferente do tradicional que se têm em casa, pois é um material produzido com nova tecnologia e comercializado pela indústria de plásticos Alpes. O material possui micropartículas de prata e sílica em sua composição, tecnologia desenvolvida e licenciada pela empresa paulista Nanox, apoiada pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE).

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Para testar a ação virucida do filme plástico contra o novo coronavírus foram realizados ensaios seguindo a norma técnica de medição da atividade antiviral em plásticos e outras superfícies não porosas, que estabelece que o material tem que demonstrar essa ação em até quatro horas. Os resultados das análises por quantificação do material genético viral por PCR indicaram uma redução de quase 100% das cópias do SARS-CoV-2 que entraram em contato com amostras do filme plástico com as micropartículas de prata e sílica incorporadas após 15 minutos de exposição ao material.

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